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“O diferencial destas eleições tende a ser a participação do eleitor nos atos de propaganda eleitoral”

A eleição do eleitor Desde o último dia 20 de julho partidos e federações já podem, oficialmente, indicar seus candidatos para essas Eleições 2022. Em sua grande parte, será apenas um rito de passagem, considerada a ausência de tradição democrática interna nas agremiações políticas. Fato é que com flexibilização do período de pré-campanha eleitoral já […]

A eleição do eleitor

Desde o último dia 20 de julho partidos e federações já podem, oficialmente, indicar seus candidatos para essas Eleições 2022. Em sua grande parte, será apenas um rito de passagem, considerada a ausência de tradição democrática interna nas agremiações políticas.

Fato é que com flexibilização do período de pré-campanha eleitoral já estamos desde o início desse ano de 2022 em efetivo processo sucessório. Especialmente no que diz para com a sucessão presidencial, agora definitivamente polarizada.

O grande diferencial destas Eleições 2022 tende a ser a participação do eleitor nos atos de propaganda eleitoral. Até então, isto é, para antes das redes sociais nós eleitores nos comportávamos como meros sujeitos passivos das notícias e da informação. Com o advento da selfie, para ficar só num exemplo, transformou-se cada cidadão munido de seu smartphone em uma fonte de informação.

Já se sabe que nós brasileiros consumimos mais informação por redes sociais do que pelos canais da grande mídia. E isso faz toda a diferença, pois essas redes são alimentadas por todos e não exclusivamente pelos editores, jornalistas e comunicadores sociais.

Isso pode explicar muito do clima de polarização que estamos percebendo. A dualidade entre governos e oposições sempre existiram, o que não havia até então era o espaço livre e democrático para sua efetiva e real disseminação. Mas isso mudou. Quem decide agora é o eleitor, agente primeiro da propaganda eleitoral.