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Cirurgia inédita no estado é feita no Hospital Santa Catarina, em Blumenau

Procedimento foi realizado na última semana

Um procedimento cirúrgico inédito no estado foi realizado com sucesso no Hospital Santa Catarina de Blumenau, no último dia 2. Sob o comando do urologista Sérgio Augusto Skrobot, a cirurgia feita por videolaparoscopia tem nome extenso – neurólise do nervo pudendo –, mas traz benefício imediato.

O procedimento consiste na liberação de um nervo bloqueado na pelve do paciente – o pudendo, nervo responsável pela sensibilidade dos órgãos genitais, do ânus e região perineal – proporcionando alívio permanente da dor.

A técnica minimamente invasiva foi empregada para conter a dor crônica em um homem de 72 anos que havia sofrido uma queda. Assim, a condição impedia o paciente de realizar atividades simples como sentar-se ou dirigir.

“O paciente foi encaminhado por outro especialista por apresentar dor incessante. Embora seja uma cirurgia delicada, precisamos olhar o todo, não somente uma doença específica”, explica o urologista.

“Um dos fatores a levar em consideração é se o paciente já fez uso de medicações e teve boa resposta aos bloqueios anestésicos no nervo, que fazem a dor cessar por dois ou três meses. Nesses casos, é indicado fazer a liberação por cirurgia minimamente invasiva”, acrescenta o especialista.

Para chegar ao diagnóstico definitivo, são realizados exames prévios para avaliação. Fatores como alteração de quadril e pisada precisam ser descartados antes da indicação da cirurgia.

Apesar de nova no Brasil, a cirurgia foi desenvolvida na Europa há cerca de 10 anos. O centro de referência mundial está localizado na Bélgica, onde Skrobot cursou uma especialização no final do ano passado.

Embora a dor fosse bilateral, no caso do paciente operado, apenas um dos lados passou pelo procedimento – o que apresentava mais sensibilidade. Após a recuperação, o outro lado do nervo pudendo também será operado.

A neurólise do nervo pudendo também pode beneficiar pacientes com outros fatores que afetam sua qualidade de vida. Por exemplo, homens com disfunção erétil, pois libera a artéria responsável pela elevação do pênis, mulheres que sentem alterações sensoriais na vagina e também para evacuar.


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