Colecionador de Ossos: conheça projeto de casal blumenauense que acumula milhões de visualizações

Em seis meses de trabalho, projeto atingiu 48,9 mil inscritos no Youtube

Uma forma de se reinventar durante a pandemia. Foi deste pensamento que surgiu o projeto Colecionador de Ossos, fenômeno na plataforma TikTok, com 1,2 milhões de seguidores e no YouTube, com 48,9 mil inscritos, até o momento.

Com vídeos cheios de curiosidades e mistérios, apurados e roteirizados pelos criadores, o Colecionador de Ossos vêm ganhando uma legião de fãs e apreciadores do trabalho do projeto.

Arquivo Pessoal

O blumenauense Bryan Emmendörfer e sua namorada, Carolina Russi, são as “cabeças” por detrás da iniciativa que surgiu após uma necessidade de criar formas de trabalho durante o isolamento social. Bryan, antes de começar na criação de conteúdo, estava sem ter como trabalhar, pois dependia dos eventos. 

“Eu era fotógrafo e videomaker. Produzia material audiovisual de festas e eventos na cidade, com a pandemia, o cenário e eventos praticamente deixaram de existir”, explica Emmendörfer. O casal, que  já estavam morando juntos antes da pandemia, tinham um estúdio de vídeo profissional e pensou que poderiam se redescobrir na área de produção de conteúdo. 

Arquivo Pessoal

Foram diversas ideias até que, ao lembrarem do TikTok, viram no aplicativo uma forma de crescer e conseguir público para as postagens. “O TikTok era uma plataforma que usávamos para passar o tempo e resolvemos começar a criar vídeos lá para ver no que dava”, conta Bryan. 

E o resultado foi o melhor possível. O projeto vem crescendo dia após dia. No TikTok, com vídeos curtos que são marca registrada do App, e no YouTube, com vídeos maiores e conteúdos mais complexos.

A ideia central no casal sempre foi usar a primeira plataforma para ganhar visibilidade e converter os seguidores para a segunda plataforma, que é mais estável e rentável para criadores de conteúdo. 

E vem funcionando. Com seis meses de Colecionador de Ossos, o projeto já alcançou 48,9 mil inscritos, em sua maioria, convertidos do TikTok. 

A evolução do conteúdo

Os conteúdos, desde o início, são produzidos e editados pelo casal, que se divide na produção. Carolina, normalmente, escreve os roteiros e faz os desenhos que se encontram em vários vídeos, a apresentação e edição fica aos cuidados de Bryan. Quando são produtos que fogem do convencional, amigos ajudam na hora da produção. 

O casal pesquisa, faz leitura, verifica fatos e estrutura o roteiro, depois é seguida para a gravação, edição com moldura e cortes e assim o conteúdo é postado. “Uma coisa que levamos muito em consideração é a veracidade dos fatos e pesquisamos muito antes de criar o conteúdo”, declara Bryan. 

O início foi experimental, foram realizados diversos modelos de edição para atrair o público. “Desenvolvi alguns conteúdos parecidos com documentário de TV e outros bem mais caprichados, mas nós percebemos que o segredo não está na edição e sim em um formato mais simples e limpo”, conta o blumenauense. 

Com as experiências e análises dos números obtidos, um formato real foi moldado. Vídeos sem introduções longas, sem efeitos pesados e edições demoradas, sendo algo melhor e mais prático. “Assim o público acaba entendendo melhor a mensagem que queremos passar”, esclarece. 

Temáticas diferenciadas

No momento, o estilo do Colecionador de Ossos é puxado para o terror, com transições de falhas de TV, fitas cassetes e desenhos rabiscados, que lembram os de crianças, para passar a atmosfera certa e a sensação de medo ao telespectador. O formato é utilizado principalmente para contar as típicas histórias de serial killer. 

“Criar conteúdo de terror, teorias e histórias bizarras é difícil quando se trata de ter um crescimento saudável na internet. O nicho é pequeno e difícil de criar público”, afirma Bryan. Mesmo com essas dificuldades, foi nesse estilo de conteúdo que o projeto Colecionador de Ossos se encontrou e começou a crescer, criando seu próprio nicho de fãs.  

O conteúdo une mistério e casos enigmáticos, coisas que juntas se transformam em assuntos interessantes e que instigam o público. “Algumas vezes enquanto gravava, eu não tinha ainda ideia de como estava o roteiro e na hora da gravação acabei me arrepiando. São histórias que mexem comigo”, conta o blumenauense.

Bryan ainda acrescenta que isso é o que mais gosta de fazer, gravar algo que o faça sentir emoção, uma história real que faça o público refletir e ter sentimentos, mesmo que sejam de tristeza ou superação. Um caso, citado por ele, é o do pai que sequestrou o assassino de sua filha e que precisou lutar sozinha contra a justiça alemã, que estava refugiando o autor do crime. “O final é emocionante e é o tipo de conteúdo que amo fazer”, completa. 

Confira o vídeo citado:

Uma aposta que deu certo

O conteúdo e edições diferenciadas trouxeram para o projeto Colecionador de Ossos uma audiência vantajosa no TikTok, no entanto, a plataforma nunca foi uma prioridade para o casal. Por mais atraente que seja os mais de 1,2 milhões de seguidores no aplicativo, isso não é tudo. “A plataforma não é tão influente e benéfica para criadores de conteúdo quanto o Instagram ou o Youtube. Por esse motivo o TikTok não é a prioridade”, conta o blumenaeunse. 

Mesmo assim, o local trouxe diversas amizades e novos contatos para o casal blumenauense, que hoje em dia recebe diversas mensagens de outros criadores. “Eles dizem que o formato apresentado serve de inspiração já que fui um dos primeiros da plataforma a começar com o estilo”, relata. 

O futuro do projeto é focado, no entanto, no canal do Youtube, mas sempre criando conteúdos que causem emoções nas pessoas, transformando os casos em algo que conecta o Colecionador de Ossos às pessoas que assistem.


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