Com aumento da demanda de água, Samae de Blumenau abre licitação para ampliar captação na ETA II
Parte dos investimentos serão feitos através de financiamento no banco Fonplata
O Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto (Samae) de Blumenau abriu processo licitatório para realizar uma obra de ampliação da captação e adução de água bruta do sistema de abastecimento de Blumenau na Estação de Tratamento de Água (ETA) II. O investimento está estimado em cerca de R$ 45 milhões.
O cronograma de execução é de 21 meses, sendo 18 apenas de obra e os demais para supervisão, treinamento e acompanhamento. O processo, lançado originalmente em 2023, chegou a ser suspenso pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE-SC) e recebeu o aval para ser publicado neste mês de junho. A abertura dos envelopes acontecerá no dia 26 de julho.
A engenheira sanitarista, que atua como diretora técnica do Samae, Samantha Ferretti, explica que o projeto consiste em mudar a localização da captação de água da ETA II para ampliar o serviço.
Demanda da ETA II
Como a população de Blumenau cresceu, se faz necessária uma obra para ampliar a captação de água para atender a demanda de consumo no município. Além disso, o projeto também tem a intenção de evitar falta de água durante o verão, como ocorreu entre o fim de 2023 e o início de 2024.
De acordo com a diretora, outro ponto que motiva a obra é a ampliação da subestação da PCH da Celesc na Usina do Salto e, por isso, o Samae precisa mudar o local da captação. “A nova captação será feita bem atrás da ETA II, perto do Asas, um terreno atrás da estação, já temos o projeto para execução”, explica.
A captação atual da ETA II é de 840 litros por segundo e com a obra de ampliação o volume passará a ser de 1,6 mil litros por segundo, dobrando praticamente a capacidade atual.
Processo licitatório internacional
Esse é um processo licitatório internacional, visto que a autarquia fez um financiamento com o banco Fonplata e, devido ao valor, o processo precisa ser internacional. A diretora acredita que a licitação deve atrair a atenção de empresas de São Paulo, Rio Grande do Sul e Paraná.
“A obra vai ajudar as questões de captação, pois ela tem um sistema que vai captar menos sólidos do rio Itajaí-Açu, que é o que dá o aumento da turbidez. Terá uns filtros que vão impedir que essa turbidez entre na captação e vá para estação de tratamento de água, pois uma das causas hoje que causam problemas de intermitência é que essa turbidez, quando fica muito alta, nós temos que parar a estação para poder lavar o decantador e filtros. Esse sistema, além de ampliar, vai reduzir essa captação dos sólidos que causam a turbidez”, explica Samantha.
A profissional ainda comenta que haverá as fases de habilitação e verificação da documentação técnica, mas acredita que em setembro a obra já poderá começar.
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