Com aumento na taxa de homicídios, Blumenau cai quase 20 posições no Atlas da Violência

Índices, publicados nesta semana pelo Ipea, demonstram aumento de 19% na taxa estimada de homicídios

O Atlas da Violência – Retratos dos Municípios Brasileiros 2019, publicado nesta semana, derrubou Blumenau no índice de cidades mais seguras do Brasil. Em 2018, com os índices referentes ao ano de 2016, Blumenau chegou a ficar em 29º entre as cidades mais seguras do país. Contudo, neste ano – levando em conta os homicídios ocorridos em 2017 -, o município terminou na 46ª posição, mantendo-se ainda, contudo, entre as 50 mais seguras para se viver.

A taxa estimada de homicídios, que é o número de assassinatos relacionados à quantidade de habitantes, foi de 14,1 a 46ª geral no país. Ficou atrás de municípios como São Paulo, Sorocaba (SP) e Petrópolis (RJ). Nos dados publicados em 2018, Blumenau havia ficado com a taxa estimada em 11,9, ou seja, houve um aumento de 19% neste índice.

Em Blumenau, ocorreram 48 homicídios em 2017, sendo que um deles não foi solucionado, segundo o estudo. A população era de 348.513 pessoas, segundo o Atlas da Violência.

O estudo, realizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), contabilizou os dados de violência referentes a 2017 dos 310 municípios brasileiros com mais de 100 mil habitantes naquele ano.

Para chegar às cidades mais seguras, o Ipea levou em conta o número de homicídios em relação à população.

Melhora em 2018

Já para o último ano, 2018, o número melhorou, segundo dados da Secretaria de Segurança Pública. Blumenau teve uma queda de 28% no número de homicídios. Foram 30 mortes violentas na cidade.

A Divisão de Investigação Criminal (DIC) do município intensificou, ao longo dos meses, as apurações sobre organizações criminosas. Foram quatro grandes operações para prender integrantes de facções.

Apesar da queda, 2018 foi também um ano de crimes brutais, como o esquartejamento de um jovem de 23 anos no bairro Vorstadt, a morte de mãe e filha no Tribess e o feminicídio de Bianca Wachholz.

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