Quase R$ 1 milhão por projeto parado: entenda situação dos parques lineares de Blumenau
Prefeitura de Blumenau pretendia construir parques às margens dos ribeirões da Fortaleza e Velha, mas falta de recursos trava início das obras
A Prefeitura de Blumenau não tem data para colocar em prática os dois parques lineares projetados para as margens dos ribeirões da Fortaleza e Velha. Com financiamento assinado e projetos contratados, a administração municipal alega falta de recursos para construir os espaços. Ao todo, o investimento com os projetos chegou a R$ 900 mil via financiamentos com a Caixa, no âmbito do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
A elaboração para os parques lineares iniciou em 2011, mas os projetos foram contratados junto a empresa SC Engenharia e Geotecnologia em 2018 e chegaram a ser entregues ao município. Porém, adequações foram solicitadas. De acordo com o engenheiro responsável pelo projeto, Marcelo Maia, os ajustes já estão sendo feitos e em breve devem ser finalizados.
Mesmo com o projeto completo, a Prefeitura de Blumenau ainda não sabe quando vai colocar em prática. Em nota, a administração municipal alegou não ter recursos para “assegurar o início das obras”, mesmo que tenham “pleiteado aos parlamentares da União, algum repasse para sua viabilização”.
Parques Lineares
A ideia da Prefeitura de Blumenau é que sejam feitas intervenções estruturais em toda a extensão dos ribeirões da Velha e Fortaleza, mas com alguma urbanização em certos trechos, como passeios e ciclovias.
Em entrevista no ano passado para O Município Blumenau, o secretário de Planejamento Urbano de Blumenau, Ivo Bachmann, afirmou que esses trechos urbanizados ficarão próximos a áreas do município.
Na região da Velha, por exemplo, deve ficar no entorno do parque Ramiro Ruediger. No caso da Fortaleza, as intervenções devem ocorrer próximo ao terminal de ônibus e na região onde há o campo de futebol e a rádio comunitária.
Para que haja parques lineares, o objetivo é que sejam feitos um reservatório de amortecimento de enxurradas e enchentes, restauração de margens, recomposição de vegetação ciliar, área de infiltração de águas pluviais e urbanismo em trechos específicos. “São dois componentes principais: as obras de infraestrutura para melhorias da drenagem urbana e daí sim a reurbanização, com passeio, ciclovias, áreas de contemplação…”, explicou o secretário da pasta, Ivo Bachmann.