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Com medo de nova onda de Covid-19, governo de SC avalia abertura de novos leitos de UTI

Secretário pediu para pasta mapear as unidades hospitalares avaliando a possibilidade de ampliação

Diante do risco de aumento de casos e óbitos por Covid-19 para os meses de inverno, o secretário de Estado da Saúde de Santa Catarina, André Motta Ribeiro, expediu na última segunda-feira, 17, um pedido para que a pasta mapeie as unidades hospitalares avaliando a possibilidade de ampliação de leitos de UTI.

A solicitação faz parte das medidas de combate à previsão de uma terceira onda da doença, em junho e julho, mesmo que o Estado ainda não tenha zerado a fila por UTI da chamada segunda onda.

“Apesar dos indicadores demonstrarem um maior controle sobre a pandemia Covid-19 no Estado de Santa Catarina, a retomada progressiva e gradual das atividades econômicas e sociais podem levar a um aumento na incidência de casos”, diz Motta, no documento. O prazo para levantamento das informações é 25 de maio.

No pedido, a Secretaria busca ainda o quantitativo necessário de equipamentos para abertura de novos leitos de UTI. O secretário destaca que a pasta vai fornecer os materiais e buscar financiamento junto ao governo federal ou dará garantia pelo próprio tesouro estadual. Apesar da preocupação, o governo do Estado emitiu novo decreto no início da semana que faz a manutenção das atividades em funcionamento, sem novas restrições.

Nesta sexta-feira, 21, são 53 os pacientes aguardando por um leito de UTI no Estado. A maioria na região Norte e Nordeste (22), seguida do Sul (18), Meio-Oeste (8), e Serra (4). Foz do Rio Itajaí, Grande Oeste e Grande Florianópolis não têm fila. Além desses 53, também há 13 pacientes esperando por um leito de enfermaria – todos na região Norte e Nordeste.

O Estado iniciou a pandemia com pouco mais de 750 leitos de UTI adultos SUS. Com a ampliação durante a pandemia, o número saltou para 1.525, crescimento acima de 100%.

No entanto, a ocupação de leitos de UTI adultos SUS está em 95% segundo os últimos dados da SES. As maiores taxas são observadas na Serra e Meio-Oeste (99%), Grande Oeste (98%), e Sul (97%). No Norte (96%), Foz do Rio Itajaí (95%) e no Médio e Alto Vale do Itajaí (94%) a situação também é preocupante. Apenas na Grande Florianópolis (85%) há certa folga no atendimento.


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