Condenado por matar blumenauense em Curitiba é solto um dia após prisão

Antônio Dorrio recebeu autorização para recorrer em liberdade

Antônio Jumia Dorrio, de 53 anos, foi posto em liberdade nesta quarta-feira, 24, em Curitiba, um dia após ter sido condenado a 14 anos e três meses de prisão pelo assassinato do blumenauense Douglas Junckes, em maio de 2018.

A decisão dos jurados foi de condená-lo por homicídio simples, com 13 anos de reclusão em regime inicialmente fechado, somando a mais um ano e três meses pela posse ilegal de arma de fogo.

Nesta terça, o juiz responsável pelo julgamento no tribunal em Curitiba havia determinado cumprimento de pena imediato. Porém, nesta quarta, após pedido feito pela defesa, um desembargador do Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) concedeu a liminar de habeas corpus.

Outros desembargadores do TJ-SC ainda terão que avaliar e votar o pedido da defesa de Antônio e ele poderá retornar a prisão. Enquanto isso, o acusado estará em liberdade para recorrer da condenação proferida no júri.

Mesmo solto, Antônio não poderá sair de casa durante a noite. Ele precisará estar em residência entre 22h e 6h de segunda a sexta, e das 22h de sábado às 6h de segunda-feira. Caso descumpra, poderá voltar a prisão.

Relembre o caso

Douglas foi assassinado com quatro tiros à queima-roupa no dia 20 de maio de 2018, quando Antônio foi armado até o apartamento da vítima para, supostamente, reclamar de barulho. Testemunhas relataram que não ouviram nenhum barulho acima do normal antes do crime.

O caso correu no Tribunal de Justiça do Estado do Paraná onde, em 2019, o juiz Daniel Surdi Avelar, titular da 2ª Vara Sumariante do Tribunal do Júri de Curitiba, determinou que fosse a júri popular, como homicídio doloso.

A defesa do réu recorreu diversas vezes da decisão, sob o argumento de que ele agiu em legítima defesa, mesmo diante das provas colhidas pela perícia, que indicavam a intenção de matar e da ausência de indícios de defesa por parte de Douglas.

Vida de Douglas

Quando foi morto, o engenheiro Douglas Regis Junckes, estava prestes a completar 36 anos. Tinha uma carreira bem-sucedida e a perspectiva de um futuro promissor pela frente.

Trabalhava em um cargo estratégico na empresa Nokia havia 13 anos, ocupando funções no Brasil e no exterior. No dia da morte, Douglas iria viajar para a Europa de férias com seus amigos


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