Conheça o grupo de dança blumenauense que representará o Brasil em competição mundial de hip-hop
Station Crew apresentará duas coreografias em concurso nos Estados Unidos
O grupo blumenauense Station Crew irá representar o município e o Brasil na competição mundial de hip-hop, World Hip Hop Dance Championship, em Phoenix, Arizona, nos Estados Unidos, entre julho e agosto de 2025.
A equipe de cerca de 40 bailarinos, homens e mulheres, de 13 a 30 anos, irá competir com grupos de 55 países. Com duas coreografias classificadas, o grupo coordenado pelo diretor e coreógrafo Matheus Vinotti e pela diretora Luísa Soares, atualmente, está em fase de preparação física, mental e financeira.
“A gente tem um sonho, né? O nosso grupo não é composto somente por pessoas que trabalham com dança, tem pessoas que fazem isso como hobbie. E nos grupos de fora, são pessoas que vivem e treinam todos os dias da semana. Não adianta imaginarmos uma coisa que seja muito distante de realizar, mas temos um sonho que é chegar lá e fazer um bom trabalho, e independente de qualquer coisa, o mais importante é elevar o nome do Brasil dentro da competição”, declara Matheus.
Luísa reforça que a união dos grupos brasileiros é o mais importante no momento do mundial. Lá, eles competem entre si e, ao mesmo tempo, torcem para que algum do Brasil avance para a final.
“Um ajuda o outro a treinar, a gente compete sim um contra o outro… Mas é muito bonito ver que o maior interesse quando estamos lá juntos é que o Brasil chegue lá na frente, independente de qual grupo vai conseguir conquistar isso”, afirma.
Conexão além dos palcos
“Autênticos, sonhadores e guerreiros” são as palavras usadas pelos diretores para descrever os dançarinos do grupo. A história do Station Crew iniciou em 2021. Amigos de longa data e apaixonados pela dança, Luísa e Matheus embarcaram na jornada de ter o seu próprio grupo de hip-hop. Desde então, os resultados ultrapassam competições e pódios.
Os bailarinos, apesar de possuírem diferenças sociais, raciais, de gênero e de nível de dança, são tratados de forma igualitária, sem exclusão técnica ou financeira. Os diretores salientam que esse é um fator essencial para que o grupo funcione, e principalmente, crie uma conexão que ultrapassa os palcos.
“A gente desempenhou muito a nossa relação com o grupo. Ela vai além da sala de aula. Temos esse cuidado emocional com o grupo, então acredito que essa foi a grande diferença para que pudesse dar certo, né? Não era somente a técnica ou a coreografia, tinha um apelo emocional, uma construção e um entendimento de que para dar certo a gente precisaria estar unidos”, destaca Matheus.
Para Luísa, a dança permite que ela sonhe e ajude outros a realizarem os seus próprios. “É o propósito da minha escola: incentivar as pessoas a sonharem através da dança. É isso que a dança sempre fez comigo, sonhar e saber que eu consigo chegar onde eu quiser.”
“São os meus melhores amigos, os meus melhores momentos, é a forma que eu consigo colocar meu propósito no mundo e fazer de fato diferença para ser um mundo melhor”, completa.
Já Matheus conta que sua trajetória no mundo da dança começou de forma escondida, devido à dificuldade de aceitação dos pais, o que lhe impedia de participar de apresentações e competições.
No entanto, ele compartilha que nunca desistiu, apesar dos obstáculos no caminho, e hoje vive e trabalha para a dança. “A dança é o que eu faço, é o que eu respiro, é o meu norte, sempre que eu me sinto perdido em algum pensamento, eu sei para onde voltar, sei aonde eu vou ser feliz.”
Como ajudar o grupo
Quem quiser ajudar o grupo a ir para os Estados Unidos representar o Brasil pode colaborar doando qualquer valor pela vaquinha on-line. Empresas interessadas em patrocinar o Station Crew podem entrar em contato pelo telefone (47) 99978-2139 ou (47) 99935-4389 (Matheus).
Confira vídeo das coreografias aprovadas
*As coreografias MegaCrew e Adult foram as que classificaram o grupo para a competição. No evento, novas danças serão apresentadas.
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