Conheça o livro publicado na Alemanha em 1907 e que não foi bem aceito em Blumenau
Capa: parte da folha de rosto do livro original do engenheiro Dr. Phil Wettstein ou, Karl Alexander Wettstein , publicado em Leipzig, em 1907, base de sua tese de doutorado defendida na Universidade de Heidelberg.
O livro em destaque, um dos que usamos em nossas pesquisas, publicado em Leipzig, em 1907, apresenta o olhar de um engenheiro alemão a serviço da Companhia de Colonização Hanseática (H.K.G.) e também da Estrada de Ferro Santa Catarina, como agrimensor, Karl Alexander Wettstein, conhecido como Dr. Phil Wettstein.
Discorre sobre algumas cidades do Brasil que tinham a presença da colonização alemã, com evidências na Colônia Blumenau e Joinville. Na época em que encontramos seu livro para a pesquisa, em 2016, estava sendo vendido por um preço razoável em sebos brasileiros, pois não havia muito conhecimento sobre seus feitos, propagados por nós em 2020. Atualmente, o livro se encontra esgotado em solo brasileiro. Na Alemanha ainda é encontrado a um preço razoável.
Karl Alexander Wettstein tinha a formação de doutor e também, foi militar, político, pesquisador, engenheiro, fotógrafo – uma personalidade alemã que esteve na América e na África a serviço, em lugares inabitados, e que faleceu antes de completar 50 anos, deixando uma contribuição inestimável para a compreensão da estruturação das cidades do Vale do Itajaí, antiga Colônia Blumenau, como também da rede de cidades do Norte do Estado, área da antiga Colônia Dona Francisca (Joinville).
Vamos conhecer um pouco sobre o livro Brasilien und die Deutsch-Brasilieniche Kolonie Blumenau, de Karl Alexander Wettstein, uma de suas maiores contribuições para Santa Catarina, criticado pelos blumenauenses por ter um olhar científico do que vinha acontecendo na região. E também conhecer um pouco de sua jornada. Disponibilizaremos sua obra aos interessados, on line, através de seu link – no final do artigo.
O Livro Brasilien und die Deutsch-brasilieniche Kolonie Blumenau.
Após seu lançamento, este livro foi amplamente criticado pela sociedade de Blumenau da época, inclusive com registro na edição da Revista Blumenau em Cadernos, N° 4 – Tomo 4, de abril de 1985 – Uma publicação baseada em reportagem do Blumenauerzeitung – ano 28. Sábado, 12 de julho de 1909.
A nosso ver, o engenheiro apontou a realidade de uma sociedade que se organizava a partir de uma base social com início colonial, em que todos apresentavam o mesmo nível social e tinham mais ou menos as mesmas dificuldades, e dos quais, posteriormente, surgiram grupos sociais diferenciados e segregados, informações que usamos em nosso livro sobre Enxaimel – ilustrando a forma de morar das pessoas – nas primeiras décadas da Colônia Blumenau e o surgimento das classes sociais composta por uma população de colonos.
Praticamente todos eram colonos, pois haviam adquirido lotes coloniais e efetuaram suas benfeitorias a fim de obter uma propriedade sustentável – iniciaram do “zero”, exceto alguns que usufruíram a boa vontade dos migrantes oriundos de São Pedro de Alcântara, a exemplo de Victor Gaertner, primeiro vendeiro que recebeu mantimentos da família de Pedro Wagner, para negociar em seu estabelecimento comercial. Todo esse processo de produção foi muito bem explicitado na publicação do professor Vilmar Vidor, Indústria e Urbanização no Nordeste de Santa Catarina.
Em suas atividades como engenheiro a serviço da Companhia de Colonização Hanseática (H.K.G.), Wettstein participou na exploração do território, ainda com mata virgem. Seu trabalho era o de participar dos projetos de abertura de caminhos entre as colônias, criando uma malha, para agilizar o desenvolvimento das muitas colônias alemãs do interior de Santa Catarina. O desenho do autor – abaixo – ilustra esta espacialização regional.
O mapa de José Deeke, de 1905, ilustra muito bem esses caminhos – diferentemente dos atuais – e foram planejados por técnicos como Wettstein. Os acessos para a região eram feitos a partir dos portos marítimos de São Francisco de Sul e de Itajaí. A nucleação urbana de Pomerode foi fundada no território da Colônia Blumenau, às margens do Rio do Testo – estrategicamente no caminho para o porto marítimo de São Francisco do Sul, o qual passava pelas Colônias de Itapocu, Humbold e Dona Francisca. O trajeto de São Bento até o porto marítimo de São Francisco do Sul também poderia ser percorrido de trem. Observando esta questão de logística interna no interior das colônias alemãs e o traçado dos caminhos, podemos afirmar que este foi um caminho incrementado não somente pela Sociedade Colonizadora Hanseática, que contratou Karl Alexander Wettstein, mas também pela Colônia Blumenau, como uma das principais rotas até o porto de São Francisco de Sul, de onde vieram muitas das famílias de imigrantes alemães, além de produtos importados da Europa, principalmente da Alemanha, para o interior de seu território.
Karl Alexander Wettstein fez uso do mapa de José Deeke para apresentar suas conclusões através de traçados e projetos. O mapa de Wettstein foi publicado no livro Colônia Blumenau no Sul do Brasil (2019) sem esta informação e sua fonte, como parte do trabalho do engenheiro alemão.
A partir de seu trabalho técnico, Wettstein procurou locais para criar caminhos que possibilitassem intercâmbios, para preparar a implantação da ferrovia, realizar medições topográficas e estudar possibilidades de aproveitamento de cachoeiras. Com essa intenção, realizou viagens a diferentes colônias alemãs e cidades brasileiras.
Em regiões mais afastadas haviam surgido novas colônias da Sociedade de Colonização Hanseática, entre elas a Colônia Hansa Humboldt, atual cidade de Corupá, que contava com grande número de imigrantes e exigia cada vez mais elos econômicos com as comunidades vizinhas. Por outro lado, a Colônia Hansa, a oeste de Blumenau, chamada de Blumenauer Hansa, deveria ser mais intensamente povoada. Com permissão da Sociedade de Colonização Hanseática, o diretor local, que era José Deeke, passou a procurar um caminho através da serra, que separava os dois grupos coloniais.
Os trabalhos mais importantes de Wettstein, na Colônia Blumenau, foram aqueles relacionados à preparação da instalação da ferrovia EFSC, ligando Blumenau-Hammonia, a serviço de um sindicato ferroviário alemão, entre 1904 e 1906. Em 1909, com a mudança da concessão da ferrovia, Wettstein retornou para a Alemanha. Seu livro, de 450 páginas, robusto, contém ilustrações e fotografias de sua autoria. Algumas foram publicadas em nosso livro Fachwerk – Técnica Construtiva Enxaimel.
Segue seu prefácio de seu livro Brasilien Und Die Deutsch-brasilianische Kolonie Blumenau, esclarecendo questões sobre a execução de seu trabalho e apontando os entraves e parceiros, deixando transparecer sua consciência de que não estava alinhado à ideologia vigente da sociedade blumenauense da época.
Brasilien Und Die Deutsch-brasilianische Kolonie Blumenau
Karl Alexander Wettstein
Tradução: Professor Newton Schner Junior
(Também: pianista, compositor, tradutor e escritor)
“Quantas perguntas do meu questionário feito a um representante oficial que simplesmente foram deixadas de lado, tal como outras, feitas a um cônsul que, diga-se de passagem, é muito bem instruído, o qual, no entanto, precisou de meses para dar um retorno, mostrando, assim, quão baixo é o seu apreço pelo trabalho. É preciso ainda observar que não eram assuntos relacionados à economia local ou qualquer outra coisa de cunho administrativo. Isso tudo nos mostra os limites das atividades exercidas por esses consulados.
Assim sendo, sou grato às pessoas da esfera particular que colocaram todos esses materiais à minha disposição. Primeiramente, agradeço ao Senhor Richard Hinsch (Blumenau), Pastor Dr. Aldinger (Hammonia) e ao Capelão Terlit (Münster), que foram responsáveis pelos registros fotográficos característicos da melhor forma. Ferner P. Cletus Espey (Blumenau), A. Hahn (Ararangua), C. Hoepkte (Florianópolis), Dr. Jacobs (Blumenau), Pastor Menzel (Villa V. Agres), Engenheiro Lange (Curitiba), Engenheiro Odebrecht (Blumenau), J. Probst (Blumenau), Redator Riede (S. Cruz), Padre Rudolph (Timbó), Meteorólogo Scheidemantel (Blumenau) e Siegel (Curitiba), Superintendente Schrader (Blumenau), P. cand. Spannagel (Lages), Professor Staude (S. Matheus) e ao Urwaldsboten (Blumenau).
Em muitos aspectos eu pude fazer a utilização do material que organizei por conta própria ao longo de dois anos e meio de atividade enquanto engenheiro, mas também funcionário público de colonização e coordenador dos trabalhos da construção férrea em Blumenau, bem como através de todas as minhas viagens de estudo para Neu-Württemberg (atual Panambi), Baumschneiz (atual Dois Irmãos), Porto Alegre e São Paulo. Do mesmo modo, as experiências de anos nas colônias alemãs no oeste da África e no Cabo me ajudaram muito.
Um escrito pode apenas ser ensinado de maneira fiel quando as suas relações assim o são, como tudo de fato acontecer, independente de acontecimentos bons ou ruins, independente do temor pela responsabilidade de mimar esse ou aquele, encobrindo assim acontecimentos importantes. Pode ser, portanto, que as observações aqui feitas não venham a ser do agrado de todos, mas espero que elas correspondam ao meu dever para com a escrita, como sempre o foi, e que, assim sendo, sejam capazes de ganhar a confiança do leitor, reconhecendo que a minha aspiração busca tão somente trazer uma imagem real de como as coisas são, para muito além de luzes e sombras, tal como faz um observador que trabalha independente de elogios ou críticas.
Heidelberg, 30 de setembro de 1907.
Dr. Wettstein”
Algumas imagens do livro de Wettstein
Karl Alexander Wettstein e Hansa Hammonia
Quando se iniciou a povoação de Hansa Hammonia, os poucos comerciantes existentes não possuíam, em suas prateleiras, mercadorias para comercializar, pois o transporte pelo Morro do Cocho era muito difícil, e quando chegavam, eram superfaturadas. Não conseguiam fazer estoques e enfrentavam o problema da compra a crédito dos colonos. De acordo com José Deeke, junto com o diretor Sellin veio Morsch, trazendo um montante de 60.000 marcos emprestados de F. Missler, para a solução dos problemas de abastecimento. Em Hammonia, a comunidade organizou a “Liga dos Colonos”, sob a liderança de Julius Radek, tendo chegado, juntamente com o grupo, Karl Alexander Wettstein para o respectivo desenvolvimento, como encarregado dos trabalhos técnicos da colônia. Quando o primeiro trecho da ferrovia – Blumenau a Warnow – foi inaugurado, em 1909, houve mudanças na equipe responsável pela Colônia Hammonia. Nesse momento, saíram o engenheiro Wettstein, como também Götting e Wehmuth. Dessa maneira, registre-se que Karl Alexander Wettstein também esteve nos momentos de fundação de Hammonia e dos detalhes construtivos do primeiro trecho da EFSC.
Para acessar o mapa em resolução maior – Clicar sobre: Mapa de Wettstein
Karl Alexander Wettstein – Biografia resumida
Dr. Karl Alexander Wettstein – também conhecido Dr. Phil Wettstein, foi capitão do exército de Baden, oficial da Schutztruppe no Sudoeste Africano Alemão, atual Namíbia, engenheiro agrimensor da construção da EFSC contratado pela Colonizadora Hanseática, advogado renomado, doutor em economia, deputado Reichsfeldmeister na Associação dos Escoteiros Alemães, político na cidade de Weinheim e escritor, que morreu antes de completar 50 anos.
Karl Alexander Wettstein nasceu em 22 de junho de 1872 na cidade de Kalsruhe, estado de Baden, antigo Grão-Ducado. Seus antepassados são originários da Prússia, avós paternos. A região na qual nasceu, teve destaque na fundação do Império Alemão, após a vitória na Guerra Franco-Prussiana de 1870/71.
Após terminar seu ciclo de estudos em 1891, Wettstein ingressou, como Avantgeur, no 14° Batalhão de Pioneiros de Baden, iniciando sua carreira militar que orientou sua vida. Estudou três anos na Escola de Guerra de Kassel e em 1892 tornou-se oficial, atuando durante dois anos como oficial pioneiro no front. Foi transferido para Berlin, capital do Império onde iniciou seus estudos na Escola de Engenheiros de Berlin, adquirindo a formação técnica que o fez conhecido no Brasil. Em Berlin entrou em contado com as questões coloniais o que despertou seu interesse pela colônia africana e depois, pelo Sul do Brasil. Teve interesse de atuar diretamente nas colônias alemãs da América e da África. Também fizeram parte de sua formação técnica, os estudos de astronomia de posição desenvolvidos no Instituto Geodésico de Potsdam, na mesma cidade em que Georg Jann fez seus primeiros estudos de organeiro.
Em 1896 foi transferido para a Seção de Trigonometria do Comando Geral Militar, onde adquiriu conhecimentos de triangulação necessários para a sua atuação prática em medições e estabelecimentos de limites em situações estratégicas de agrimensura. Ainda em 1896, foi enviado à colônia alemã do Sudoeste da África, atual Namíbia, com a missão de realizar trabalhos de demarcação da área do Protetorado alemão.
Nessa mesma época, efervescia a nova colonização pela Colônia Hanseática, e Wettstein entendia que Santa Catarina oferecia condições climáticas mais favoráveis do que a do Sudoeste africano, durante sua reflexão sobre a retomada das atividades de trabalho em ambientes coloniais. Em suas atividades como engenheiro contratado pela Companhia Colonizadora Hanseática, Karl Alexander Wettstein atuou de maneira decisiva na exploração do território ainda em grande parte coberto pela Mata Atlântica. O seu trabalho, nesse período, era o de abrir, como já mencionado, ligações entre as colônias como pressuposto para o desenvolvimento econômico delas. Criar uma malha de caminhos – Wettstein deveria delinear caminhos que possibilitassem os intercâmbios, e que fossem adequados para o melhor traçado ferroviário na região.
Para realizar tais medições topográficas e estudar possibilidades de aproveitamento de cachoeiras e caminhos naturais, percorreu a região realizando viagens a diferentes colônias alemãs e cidades brasileiras fora desse perímetro, como Neu-Württemberg (Panambi – cidade natal do pesquisador Augen Leitzke); Baumschneiz (Dois Irmãos), Porto Alegre e São Paulo.
Na região, entre suas principais atividades estava a definição do caminho de ligação entre Joinville e Blumenau, colônias alemãs fundadas a partir de portos diferentes: São Francisco e Itajaí e suas regiões estavam isoladas entre si, devido às montanhas da serra.
Em 1907, Karl Alexander Wettstein defendeu sua tese de doutorado, na Universidade de Heidelberg cujo tema de sua pesquisa tinha seu principal objeto de pesquisa extraído de seu trabalho no Brasil, em especial com a região de Blumenau. Portando, seu trabalho teórico publicado foi executado sob uma visão científica. Esse, até hoje, surpreende pela quantidade de dados, pela sistematização do assunto e pela sua organização interna, que resultou nessa publicação excepcional – Brasilien und die deutsch-brasilianische Kolonie Blumenau, Leipzig: F. Engelmann 1907.
Wettstein, com um filho Hans Joachim Wettstein, nascido em Blumenau e sua esposa Emma, retornou para a Alemanha ainda na primeira década de século XX. Além de pesquisador, escritor e engenheiro, Wettstein ingressou na política em 1912, tornando-se prefeito da cidade de Weinheim, no estado de Baden.
Isso aconteceu quando Wettstein venceu a eleição como sucessor do prefeito de Weinheim, Heinrich Ehrlich, em 6 de fevereiro de 1912, tendo vencido o pleito com 60 votos, dos 97 vereadores, que votaram nele. Mas algo não saiu muito bem, pois três políticos locais se opuseram aos resultados dessas eleições. Argumentavam que o ex-prefeito, Heinrich Ehrlich, havia sido forçado a renunciar à reeleição devido à ameaça de desvantagens financeiras em relação à sua pensão. Essa objeção impediu a posse imediata de Karl Alexander Wettstein, que passou a ocupar outro cargo subordinado ao vice, Georg Friedrich Vogler. Essa situação constrangedora não durou muito. O conselho distrital de Weinheim rejeitou a objeção dos políticos “reclamões”. No final de maio de 1912, Wettstein assumiu o cargo de prefeito de Weinheim.
Sua gestão foi curta e deixou poucos vestígios na história da cidade. Dois anos após a sua posse, iniciou-se a Primeira Guerra Mundial, afetando diretamente Karl Alexander Wettstein, pois era um major da reserva. Até imigrantes de Blumenau, que ainda faziam parte da reserva, foram chamados.
Wettstein foi para a frente de batalha e ficou gravemente ferido depois de apenas sete dias em combate. Foi feito prisioneiro de guerra pelos franceses. A municipalidade de Weinheim tentou interceder diplomaticamente e trocá-lo por prisioneiros, na Cruz Vermelha Internacional, entretanto sem êxito imediato.
Wettstein foi libertado somente em 1916, para tratamento e internamento na Suíça e de lá, em 1917, retornou a Weinheim, com 45 anos de idade, doente e ferido.
Em setembro de 1917, Wettstein presidiu uma reunião do Conselho Municipal, pela primeira vez. Durante sua prisão, preocupou-se com o sustento de sua família, em Weinheim. Após seu retorno, argumentou que estava gravemente ferido e pediu que seu estado de saúde fosse reconhecido como uma deficiência de serviço, em um adendo ao seu contrato de serviço, pois isso poderia trazer dividendos à sua família. Mas seu apelo não foi considerado nem pelo antigo conselho municipal, nem pelo novo, recém-formado em 1919. A coordenação dos grupos parlamentares da Comissão de Cidadãos rejeitou uma correção dos seus direitos à pensão. Consideraram que a doença, que impedia a reeleição do homem gravemente ferido, não se devia ao seu trabalho na prefeitura de Weinheim, mas sim, a um ferimento de guerra. Essa situação grave o fez renunciar ao cargo de prefeito de Weinheim nesse mesmo ano de 1919.
“Na comissão de cidadãos, cujas reuniões são presididas pelo Dr. Wettstein muitas vezes não conseguia liderar devido aos ferimentos, a roupa suja logo estava sendo lavada. Jakob Emig, membro do conselho do USPD, acusou o prefeito ausente, de nepotismo e seu colega parlamentar Georg Stosser, porta-voz dos soldados do Conselho de Trabalhadores e Soldados, que governou a cidade junto com a administração municipal após a Revolução de Novembro, disse que a miséria habitacional em Weinheim poderia ter sido evitada, se ao menos a cidade tivesse cuidado disso antes. Portanto, o prefeito é o grande culpado. O homem do USPD também desejou que o prefeito cedesse parte de seu apartamento oficial na prefeitura da cidade (“Casa Amarela” na Bahnhofstrasse, hoje atrás da Boutique Azzurro) para aqueles que procuram um apartamento “e, assim, dar o exemplo para os outros proprietários de Villas”. Dr. Wettstein se defendeu das acusações apontando os esforços da cidade para criar um novo espaço habitacional junto com a cooperativa de construção e a associação de construção.” KELLER
Karl Alexander Wettstein morreu em 25 de janeiro de 1921, no Hospital Baden-Baden. Emma Wettstein, sua viúva, retornou ao Brasil com o filho, Hans Joachim, que era blumenauense criado em Weinheim.
Hans Joachim Wettstein retornou a Weinheim em 1979, a convite do então prefeito, Theo Gießelmann, que o conheceu no Brasil em 1971, quando atuava como presidente da Federação Desportiva de Baden, acompanhando a Associação Estadual de Tiro de Baden em viagem ao país.
Para ler o livro de Karl Alexander Wettstein – Clicar no título abaixo.
Brasilien Und Die Deutsch-brasilianische Kolonie Blumenau
Um Registro para a História.
Referências
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- DEEKE, José. A Colônia Hammonia 1879 – 1922 – Dia 8 de novembro, 25 anos de fundação – Blumenau em Cadernos, Tomo XXIX – Nov/Dez, N°11/12 – Blumenau. 1988.
- Evangelische Landeskirche Baden (Deutschland)
- GERLACH, Gilberto Schmidt. Colônia Blumenau no Sul do Brasil / Gilberto Schmidt-Gerlach, Bruno Kilian Kadletz, Marcondes Marchetti, pesquisa; Gilberto Schmidt-Gerlach, organização; tradução Pedro Jungmann. – São José: Clube de Cinema Nossa Senhora do Desterro, 2019. 2 t. (400 p.): il., retrs.
- KELLER, Heinz. Bürgermeister Wettsteins Pension. Sommerthema 1919: der Amtsverzicht des Bürgermeisters. Der Streit um Dr. Karl Alexander Wettsteins Pension. Museum der Stadt Weinheim. Disponível em: https://museum-weinheim.de/B%C3%BCrgermeister-Wettsteins-Pension.html. Acesso em 14 de agosto de 2023 – 4h18
- Revista Blumenau em Cadernos, n. 4 – Tomo 4, de abril de 1985.
- Revista Brasil-Europa – Correspondência Euro-Brasileira 143/4 (2013:3). Professor Dr. A.A.Bispo, Universidade de Colônia e Conselho Científico. Direção administrativa: Dr. H. Hülskath. Organização de Estudos de Processos Culturais em Relações Internacionais (ND 1968) – Academia Brasil-Europa – e institutos integrados. Disponível em: http://revista.brasil-europa.eu/143/Karl-Alexander-Wettstein.html. Acesso em: 14 de agosto de 2023 – 3h54.
- VIDOR, Vilmar. Indústria e urbanização no nordeste de Santa Catarina. Blumenau: Edifurb, 1995. 248p, il.
- SILVA, José Ferreira. História de Blumenau. -2.ed. – Blumenau: Fundação “Casa Dr. Blumenau”, 1988. – 299 p.
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- WITTMANN, Angelina C. R. A ferrovia no Vale do Itajaí: Estrada de Ferro Santa Catarina: Edifurb, 2010. – 304 p. :il.
- Uma despedida – Eugen Leitzke
- Georg Jann – Mestre construtor de órgãos na Europa e no Brasil
- Colonizadora Hanseática – Hammônia – Ibirama Por José Deeke – Obra: A Colônia Hammonia 1879 – 1922
- Descrição de Viagens em Carros de Mola da Comitiva de Friedrich Richard Krauel – O primeiro embaixador alemão que visitou região do Vale do Itajaí – Século XIX – então Colônia Blumenau
- Os Índios da Bacia do Itajaí – Relatório de Friedrich Deeke de 1877 – à Direção da Colônia Blumenau – Biografia do pioneiro da Família Deeke
- Arquitetura Religiosa – A Igreja Martin Luther – Ibirama SC – 1/X
- Maximilian Josef – José Deeke – Uma personalidade de Blumenau e região do Vale do Itajaí – Seu tio foi Heinrich Krohberger.
- Os livros publicados por José Deeke
- Um pouco de história da Colônia Hammônia ou – Ibirama
- História comum entre as Colônias Blumenau, Pommerroder, Itapocu, Humbold e São Bento – José Deeke
- Livro – Centenário de Blumenau (1850-2 de setembro de 1950) e os Personagens da História que foram escolhidos para esta publicação histórica
- O Livro On line: FACHWERK – A TÉCNICA CONSTRUTIVA ENXAIMEL – Publicado em 2019
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