Capa: Nos altos do campanário da Catedral São Paulo Apóstolo em Blumenau. O campanário de uma igreja é um dos principais pontos focais e de referência de lugar em uma cidade, no que tange ao espaço urbano. Isto, desde quando o Império Romano se converteu ao cristianismo, e depois assumiu relevante importância na sociedade europeia medieval. A torre mais alta era uma conquista de honra e elevação espiritual, e também de poder. A torre da Catedral de Blumenau sempre chamou nossa atenção – até que nos foi possível um acesso e descobrir que ela guarda peças valiosas para Blumenau: um relógio e três sinos, os quais apresentaremos neste momento, para sua leitura e conhecimento. Também ficamos surpresos com sua técnica construtiva, muito diferente daquela que imaginávamos.

Torre da Catedral São Paulo Apóstolo – Blumenau. Aparentemente seria uma construção de blocos de granito rosa. Mas não é exatamente assim.
Fotografia feita no interior da abertura em forma de círculo superior, local do sino “Jesus”, o maior dos três no local.
A torre da Catedral São Paulo Apóstolo – Blumenau.

A torre da Catedral São Paulo Apóstolo, de Blumenau, apresenta estética e forma muito diferentes do padrão adotado pelas comunidades – igreja tradicional no Vale do Itajaí – e da tipologia da arquitetura religiosa regional – considerando as religiões dos pioneiros: luteranos e católicos. A predominância da linguagem arquitetônica da igreja construída pelos imigrantes alemães e de seus descendentes é a do neogótico; e a dos imigrantes italianos e de seus descendentes é a do neoclássico. Igualmente, a torre da igreja do pioneiro – geralmente onde fica o campanário – local no qual está fixado o sino (ou os sinos), geralmente ficava ou fica localizada, de maneira simétrica, na parte frontal do corpo da igreja, para diferenciá-la da tipologia de uma residência.

Igreja luterana de Itoupava Rega – sem torre e construída com a técnica construtiva enxaimel.

Lembramos que até a Proclamação da República do Brasil, somente as igrejas católicas tinham o direito de possuir uma torre, por representarem também o Estado. As demais religiões poderiam ter o local do culto, porém sem a torre, sendo que na Colônia Blumenau a maioria dos pioneiros era de luteranos.

Padre João na escadaria de acesso aos sinos localizada internamente em uma das colunas da torre.

A torre da igreja – Catedral de Blumenau – tem 45 metros de altura, equivalente à altura de um edifício de 15 pavimentos, de 3 metros de altura cada um. Foi construída com a mesma técnica construtiva da igreja, ou seja, alvenaria de concreto armado revestido com grandes placas de granito rosa, de 15 cm de espessura, o que, visualmente, passa a sensação de ser formada somente de grandes blocos de granito, tão perfeita que foi a execução da aplicação desse revestimento. Desconhecíamos este fato, até o dia em que resolvemos subir a torre, em 4 de dezembro de 2021, ação essa facilitada por intercessão do padre João Humberto Luciani, que também é pesquisador, bem como do atual guardião dela, responsável pela manutenção do relógio do campanário da Catedral São Paulo Apóstolo, de Blumenau, Martim Grodiski.
A torre da catedral foi inaugurada pouco mais de dois anos após a inauguração da igreja projetada pelos arquitetos Dominikus Böhm e Gottfried Böhm.

A torre projetada pelos arquitetos Böhms possui os sinos da antiga igreja gótica projetada por Heinrich Krohberger, na segunda metade do século XIX, justificando as datas gravadas sobre eles e os nomes: 1928 – Jesus, Maria e José, listados assim, por ordem de tamanho – do maior ao menor sino.

Martim Grodiski apontando a data do sino – 1928, originário da Alemanha.

Um pouco de História

A antiga igreja matriz de Blumenau, antes da reforma na década de 1920, da ampliação e da colocação dos novos sinos – Acervo Instituto Moreira Salles.
Complexo católico da Colônia Blumenau, no início do século XX. A Casa São José impulsionou o desenvolvimento na Rua XV de Novembro que teve como consequência o esvaziamento do Stadtplatz.

Entre os anos de 1920 e 1928, sob a coordenação do Frei Daniel Hostin, a igreja matriz de Blumenau, que foi projetada por Heinrich Krohberger,  foi ampliada, com o acréscimo das capelas laterais, alteração da estrutura da torre e aumento de sua altura, para receber os três novos sinos fabricados na Alemanha.

As escadarias de acesso ao templo também passaram mudanças durante esta obra. De acordo com uma publicação de 2001, do padre Antônio Francisco Bohn, em 1923 ocorreu a benção da pedra fundamental para o aumento da igreja. Em 1927, houve a inauguração do órgão de tubos – o mesmo que está na catedral atualmente, sob restauração, trabalho coordenado por Paulo Eduardo Visconti e equipe.

Em 18 de junho de 1928 aconteceu a benção dos três novos sinos vindos da Alemanha, que foram nomeados Jesus, Maria e José, e instalados em 1963 na torre da nova igreja. Trata-se da mesma torre que visitamos para compor este material e registro para a história.

Após a reforma – ampliação, modificações nas escadarias, na torre, e colocação dos três novos sinos. Os antigos sinos, presenteados pelo Imperador do Brasil, D. Pedro II, estavam danificados. A igreja também recebeu o órgão de tubos de fabricação alemã, fabricado em 1926. Automóveis na rua. Foto IBGE.

Passados apenas 26 anos após esta reforma, em 24 de maio de 1953 foi feito o lançamento da pedra fundamental da nova igreja projetada pelos arquitetos alemães Böhms – pai e filho – Gottfried e Dominikus Böhm.

A Torre da Nova Igreja – 3 Sinos e o relógio

De acordo com o livro de Padre Antônio Francisco Bohn, Dom Angélico Sândalo Bernardino escolheu a torre da Catedral São Paulo Apóstolo como símbolo da Diocese de Blumenau. Foram necessários dois anos, um mês e vinte e dois dias para sua construção. Tornou-se um ponto focal da cidade de Blumenau e é um dos símbolos visuais da cidade.

“Obedecendo o estilo a linhas modernas, diferentes às das igrejas tradicionais construídas na região, era óbvio que surgissem muitas opiniões a respeito da planta, de autoria dos arquitetos alemães Dominikus e Gottfried Böhm. Inconcebível, para alguns, era a construção de uma torre completamente separada da nave principal. Frei Brás Reuter, pároco e incentivador da obra, chegou a escrever: ‘A planta é ousada. É uma construção em estilo moderno, algo novo e diferente. No Brasil, quase somente são conhecidas igrejas em estilos colonial e gótico. A impressão colhida entre o povo diverge muito’.” Padre Antônio Francisco Bohn.

Os Arquitetos da Catedral

Comentário: O livro do padre Bohn avaliza (citação acima) o entendimento de que o projeto da Catedral São Paulo Apóstolo é de autoria dos arquitetos Dominikus Böhm e de Gottfried Böhm, como é a conclusão de nossa pesquisa, pautada na análise das datas e na obra dos dois arquitetos, que têm aspectos identitários muito diferentes, e também uso de técnicas construtivas diferentes. A catedral tem muito do traço do arquiteto Dominikus, que foi proprietário do escritório em que seu filho, Gottfried, passou a trabalhar (8 anos somente) após sua formatura em Arquitetura, na cidade de München. A pedra fundamental da nova igreja de Blumenau foi lançada em 24 de maio de 1953, e Dominikus faleceu em 1955 (nascera em 23 de outubro de 1880). Nessa data, a igreja já se encontrava em construção, tendo sido inaugurada em 25 de janeiro de 1958.

Após o término das obras da igreja, iniciou-se a preparação do terreno para a construção da torre.
O campanário preparado para receber os três sinos, fabricados em Bochum – Alemanha, que estavam na antiga Igreja Matriz desde 8 de abril de 1928.

O processo de construção da torre teve início com as providências tomadas para efetivá-la. Isto aconteceu na primeira Festa do Divino Espírito Santo, cuja arrecadação foi destinada à construção da torre e ocorreu em 5 de junho de 1960.

Em 15 de novembro de 1960 aconteceu o lançamento da pedra fundamental da torre, e em 28 de março de 1961 deu-se início à construção da escadaria, inaugurada em 20 de maio do mesmo ano. Em 26 de janeiro de  1963 foi assentada a última pedra da torre, a qual, na verdade, é um revestimento de granito rosa com espessura de 15 cm, que foi sendo colocado à medida que se construía a estrutura de concreto armado localizado no interior, e que, de fato, compõe seus 45 metros de altura. Suas fundações “invadem” o subterrâneo da Rua XV de Novembro.

Os históricos sinos Jesus, Maria e José  vindos da Alemanha, na década de 1920, receberam o local especialmente composto para eles, acima do “arco”, ponto dos três círculos que os guardavam. Em 14 de fevereiro de 1963, foi colocada uma cruz de granito de 1200 quilos no cimo da torre.

Os mostradores do relógio alemão de corda elétrico e os três locais dos sinos Jesus, Maria e José.

Em cada uma das quatro fachadas da torre estão os mostradores de bronze do relógio locado no interior dela, cujo mecanismo fotografamos e atualmente está sob os cuidados de Martim Grodiski. É interessante registrar que os sinos da antiga igreja, os mostradores do relógio e ele próprio, foram instalados em 31 de maio de 1963, no início das festividades para a inauguração da torre, que ocorreu no dia seguinte, 1° de junho de 1963, evento presidido por Dom Gregório Warmling, bispo de Joinville, com a participação do coro Canarinhos de Petrópolis. Com isto, foi dada como concluída a obra de construção da nova igreja matriz de Blumenau. Portanto, em 1° de junho de 2023, completaram-se 60 anos de inauguração e término de construção da igreja matriz de Blumenau, atual Catedral São Paulo Apóstolo.

A torre final, com 45 metros de altura, em tom do granito rosa, que esteticamente acompanha as linhas do edifício da igreja. Acima da arcada, há as três aberturas em forma de círculos, onde estão os três históricos sinos, acionados eletricamente, inovação técnica da firma alemã que os construiu.

Escala humana – Fotografia: Roberto Wittmann. Com Martim Grodiski, Padre João Humberto. Sinos Jesus, Maria e José, que pertenceram a antiga Igreja Matriz São Paulo Apóstolo.
Campanário com andaimes- usados para sua construção – técnica mista, utilizando concreto armado revestido com placas de granito rosa de 15 centímetros de espessura. As etapas subiam juntas, com o feitio da escada interna de concreto armado, paredes de concreto armado e revestimento de granito. As sapatas invadiram o subsolo da Rua XV de Novembro. Observar o grande contraste desta construção monumental da Rua XV de Novembro da década de 1950, feita com revestimento de blocos de granito rosa sobre concreto armado.

Uma reflexão sobre o objetivo do projeto original da torre da nova igreja matriz, atual catedral, com o conjunto/escadarias: “convidar” as pessoas a acessarem a escadaria e adentrar a igreja a partir da rua.

Retirada dos andaimes – Ano de 1963.

Os sinos

Busto de bronze do Imperador D. Pedro II que se encontra sobre pedestal de granito rosa, no início da rua Hermann Hering. Trata-se de uma obra do escultor Erwin Teichmann (Pomerode), inaugurada em 4 de setembro de 1950, este evento fez parte da programação comemorativa do centenário de Blumenau. O fundador em vida, sempre soube ser grato ao imperador, como também os blumenauenses. Base feita com o mesmo material da torre da catedral, granito rosa de Subida.

Os sinos presenteados pelo imperador brasileiro, D. Pedro II, à igreja católica de Blumenau, estavam avariados e sem uso. Foram encomendados três novos sinos, que chegaram a Blumenau em março de 1928. Frei Gabriel Zimmer teve a iniciativa de encomendar os sinos de uma empresa da cidade de Bochum.

Onde estão os sinos presenteados pelo Imperado do Brasil, D. Pedro II? Elementos históricos de valor inestimável.

O sino maior, chamado “Jesus”, pesa 510 quilos; o sino médio, chamado “Maria”, pesa 350 quilos; e o sino menor, chamado “José”, pesa 200 quilos. Seu custo foi de nove contos, quatrocentos e noventa mil e quinhentos réis.
Foram abençoados de maneira festiva, no Domingo de Ramos, em 24 de junho de 1928. Conforme mencionado, a igreja matriz foi modificada, sua torre foi reforçada e sua altura aumentada para receber os três sinos novos, que foram realocados na nova torre – da nova igreja matriz, em 1963.

Frei Gabriel Zimmer.

O Relógio

Nas quatro fachadas da torre da Catedral São Paulo Apóstolo estão os quatro mostradores de bronze do relógio, cujo ponteiro maior mede 120 cm de comprimento. Foi fabricado na empresa alemã Eduard Korfhage & Söhne. De acordo com Bohn, partiu de Hamburgo em 20 de novembro de 1929, transportado pelo vapor Bagé. Chegou a Blumenau em janeiro de 1930. Seu valor foi de 4.352 marcos. Foi montado na antiga igreja matriz e inaugurado em 16 de fevereiro de 1930.
Originalmente, possuía 4 pêndulos, somando mais 290 quilos ao seu peso, que somava 484 kg. Percebemos que, atualmente, o relógio tem somente um pêndulo.
Quando a nova igreja – atual Catedral São Paulo Apóstolo projetada pelos arquitetos Böhms – foi construída e inaugurada, foram realocados no interior de sua torre, também, os sinos da antiga igreja. O relógio foi adaptado, passando a ter somente um pêndulo.

Relógio que está acoplado à máquina original do fabricante.

Engrenagens originais do quase centenário relógio. Assista ao vídeo para observar seu pleno funcionamento.

Parte interna dos ponteiros – vistos com seu acionamento.
Pêndulo pesa mais de 40 quilos.

Parte interna dos ponteiros – vistos com seu acionamento.

Firma Eduard Korfhage & Söhne

Ed. Korfhage Turmuhrenfabrik, display 1888, display geral para mecânica, ótica, engenharia elétrica, instrumentos de vidro e indústrias relojoeiras, 1888. Fonte: Watch-Wiki.

A empresa que forneceu o relógio para a igreja matriz de Blumenau foi fundada pelo relojoeiro Matthias Korfhage, e estava localizada em Buer – Alemanha, desde 1810. Construía relógios de pêndulo mecânicos. Entre 1825 e 1906, seu filho, Eduard Korfhage, assumiu a direção, e em 1855 fabricou o primeiro relógio de torre, reinaugurando a empresa, agora denominada Eduard Korfhage Buer. Este primeiro relógio de corda, manual, semanal, foi construído e instalado na Igreja Martini, em Buer.

Igreja Martini em Buer.

Possuía um mecanismo forte e pesados pesos, feitos de pedra. Também construiu os relógios da torre dos salões comunitários Getmold e Schröttinghausen, em 1863, que ainda estão em uso nos dias atuais.

Após a morte de Eduard Korfhage, seus filhos Fritz, Wilhelm e Heinrich, continuaram a dirigir a empresa. Heinrich Korfhage desenvolveu a “força permanente”, por volta de 1880, para melhorar a precisão. Na exposição mundial em Amsterdã, em 1883, a empresa recebeu uma medalha de ouro pela qualidade de seu movimento. Em 1893, criou o primeiro relógio com elevador elétrico, para a Câmara Municipal de Olomouc.

Relógio da Câmara Municipal de Olomouc.

De acordo com fontes da própria empresa, ela começou a produção de relógios de comando elétrico para torres de igreja em 1935, semelhantes ao instalado na torre da Catedral São Paulo Apóstolo. Há um desencontro nesta informação, uma vez que o relógio de Blumenau chegou à cidade brasileira cinco anos antes, em 1930. Desafio para os pesquisadores.
Em 1935, também houve o início da produção do carrilhão, que era controlado por uma correia perfurada. Foram criados, ainda, os modelos que podiam ser tocados em um teclado de piano. Um exemplo deste foi instalado no Pied Piper Glockenspiel, da prefeitura de Hameln.
A empresa Eduard Korfhage & Söhne tornou-se referência, a partir da tecnologia desenvolvida e da produção de carrilhões, em todo o mundo. Após a 2ª Guerra Mundial, beneficiou-se da reconstrução e do milagre econômico. Atualmente, ainda está no mercado, sob a mesma administração familiar, por membros integrantes da sexta geração.

Com a inauguração da Matriz, hoje Catedral, sinos e relógio foram aí montados, duas verdadeiras relíquias. O relógio foi o primeiro e único, por muitos anos, relógio público da cidade. Ele e os três sinos norteiam a vida do coração pulsante do centro da cidade. É bem verdade que o relógio mudou de face; seus antigos mostradores foram substituídos por outros, novos. Mas o coração é o mesmo, porque, dentro da torre, é a máquina trazida pelo vapor Bagé que impulsiona os ponteiros.
No alto da torre, os sinos enchem de música as cercanias e os mostradores do relógio marcam as horas e os minutos deste povo que “trabalha cantando”, na feliz expressão de Roquete Pinto, quando, em memorável oração, inaugurava, em Blumenau, o monumento ao sábio Fritz Müller.
Nas quatro faces da torre, com ampla visão para todos os recantos da cidade, vêem-se os quatro mostradores de bronze do relógio, medindo o ponteiro maior 1,20m de comprimento. Harmonizando com a arcada e com as aberturas circulares do campanário, a torre toma forma abaulada no seu cimo. No topo a cruz, do mesmo granito da estrutura, pesando 1200 quilos, enquadra-se com a forma e a apropriação da torre. Padre Antônio Francisco Bohn, p. 88.

As imagens comunicam…

A estrutura da torre foi feita de concreto armado, 45 metros, que “ia subindo” à medida que ia sendo curado; então, imediatamente, recebia uma “capa” de revestimento de granito rosa, originário da comunidade de Subida, transportado pelo trem da EFSC. Este revestimento tinha a espessura de 15 cm. Na torre foi aplicado somente na parte externa. Na igreja, as paredes foram revestidas interna e externamente.
Detalhe do revestimento de granito rosa sobre a parede estruturada em concreto armado.
Os locais dos históricos sinos “Jesus”, “Maria” e “José”.

Acesso ao local dos sinos históricos

Subindo ao ponto mais alto da torre – o campanário. Fomos na companhia do padre João Humberto Luciani e do guardião atual do local, Martim Grodiski. O padre João tinha o compromisso de oficiar a missa das 08h00 de sábado. Iniciamos a subida às 07h30 de uma manhã, a fim de efetuar o registro dos sinos em ação.

Escada em caracol – visão para “baixo”.
Acesso por meio da escada caracol de concreto, que ia sendo construída à medida que a obra “subia”. As placas do patamar são engastadas na parede de concreto.
Sistema de acionamento dos sinos “Maria” e “José”, localizados na parte inferior do campanário. Estrutura feita de madeira de grande seção.
Detalhe das paredes internas da torre feitas de concreto armado. Receberam revestimento de placas de granito rosa na parte externa.
Sino maior, localizado na parte mais alta. sino “Jesus”.
Detalhe do martelo, que acionava o sino nas horas cheias. Hoje não mais. Infelizmente – os sinos “incomodam”.
Padre João Humberto Luciani .

Poluição visual na paisagem construída – enquanto há restrições com placas publicitárias nos demais comércios.
Portinhola metálica de acesso ao local do sino “Jesus”
Padre João Humberto Luciani, com a vista da igreja – inaugurada pouco mais de dois anos antes que a torre.

O início da movimentação do sino para iniciar sua sonorização.
Engrenagens dos ponteiros do relógio presentes nas quatro faces da torre.
Arquitetura moderna – projeto assinado por Dominikus Böhm e Gottfried Böhm – vangaurda em Blumenau e região – década de 1950. É atemporal, pois expõe arte na sua concepção.

Durante esta pesquisa, aprendemos sobre a estrutura da catedral. Imaginávamos que o granito rosa fosse parte da estrutura autoportante; no entanto, trata-se de um revestimento, de placas de espessura de 15 centímetro, aplicado sobre o resultado da aplicabilidade da técnica construtiva do concreto armado, uma das características de uma obra do modernismo com aspectos do neogótico (vitrais, monumentalidade, simetria).

Conhecer é preciso!

Um registro para a história.

Referências

  • BOHN, Antônio Francisco. Diocese de Blumenau diocese do amor. Blumenau: Três de Maio, 2001. 221p. il.
  • Instituto Moreira Salles. Álbum de Blumenau – Igreja Matriz. Localidade: Blumenau SC Brasil. Fonte: Pedro Corrêa do Lago. Custódia: Instituto Moreira Salles. Disponível em: https://brasilianafotografica.bn.gov.br/brasiliana/handle/20.500.12156.1/2632 . Acesso em 4 de junho de 2023 – 23h40.
  • GERLACH, Gilberto Schmidt. Colônia Blumenau no Sul do Brasil. Gilberto Schmidt-Gerlach, Bruno Kilian Kadletz, Marcondes Marchetti, pesquisa; Gilberto Schmidt-Gerlach, organização; tradução Pedro Jungmann. – São José : Clube de Cinema Nossa Senhora do Desterro, 2019. 2 t. (400 p.) : il., retrs.
  • WITTMANN, Angelina. Arquitetura – Catedral São Paulo Apóstolo – Blumenau – Arquitetos alemães Gottfried e Dominikus Böhm. Blog Angelina Wittmann – 27 de janeiro de 2016. Disponível em: https://angelinawittmann.blogspot.com/2016/02/arquitetura-backsteinexpressionismus.html . Acesso em: 11 de dezembro de 2021 – 6:50h.
  • WITTMANN, Angelina. Órgão da Catedral São Paulo Apóstolo de Blumenau SC Faber & Greve – Restaurado – Sua História, Nomes e Imagens atuais. Blog Angelina Wittmann – 11 de fevereiro de 2021. Disponível em: https://angelinawittmann.blogspot.com/2021/02/orgao-da-catedral-sao-paulo-apostolo-de.html . Acesso em: 11 de dezembro de 2021 – 4:14h.
Sou Angelina Wittmann, Arquiteta e Mestre em Urbanismo, História e Arquitetura da Cidade.
Contatos:
@angewittmann (Instagram)
@AngelWittmann (Twitter)