Conheça seis projetos apresentados na 1ª Mostra de Trabalhos da Educação Municipal

Evento fez parte do 4º Encontro Blumenauense de Educação Ambiental

Mais de cinco mil pessoas passaram pelo Setor 1 da Vila Germânica no dia 8 de novembro. O 1º Workshop e Mostra de Trabalhos da Educação fez parte do 4º Encontro Blumenauense de Educação Ambiental (Ebea). Na abertura do evento, o prefeito Mário Hildebrandt anunciou investimentos na educação blumenauense.

Foram 186 trabalhos expostos de escolas municipais de Blumenau, além da Defesa Civil e do Samae. Alunos, professores e comunidade puderam conhecer os projetos desenvolvidos nas escolas, estimular novas práticas e valorizar o trabalho dos educadores e estudantes.

“Essa troca de experiência entre as vivências que acontecem hoje na rede municipal de Blumenau é muito importante, pois enriquece o processo de ensino-aprendizagem”, observou a secretária de Educação Patrícia Lueders.

Conheça abaixo seis projetos desenvolvidos por escolas e CEIs municipais que foram apresentados no workshop.

Contos de fada invadem espaço escolar

Na escola Wilhelm Theodor Schurmann, na Itoupava Central, as histórias atravessaram as barreiras da literatura para se tornarem parte da escola. O projeto intitulo A história invade a escola – do real à fantasia envolve estudantes do pré II ao 9º ano do Ensino Fundamental.

A leitura, que começa na biblioteca, desenvolve para todo o espaço escolar quando os personagens tomam vida. O objetivo é estimular a curiosidade e a interação dos estudantes com os livros.

Alice Kienen

Em uma das atividades, o Lobo Mau, da Chapeuzinho Vermelho, invadiu a história da Branca de Neve. O conto vira atividade e os alunos precisam procurar na escola pistas para encontrar a princesa e salvá-la do vilão.

Para ambientar a escola, animais empalhados da Furb foram utilizados para criar uma floresta densa. Os alunos, que colaboram desde a seleção dos contos até a leitura do conto, precisam no fim colaborar com o desenvolvimento da narrativa dessa nova história.

Salvando os cágados do Rio do Testo

Os alunos do Clube de Ciências Piratas do Universo, da Escola Quintino Bocaiúva, demonstraram preocupação com as tartarugas. Situados no bairro Testo Salto, eles aproveitaram a aproximação com o Rio do Testo para investigar a região.

Alice Kienen

Após diversas saídas a campo e entrevistas com moradores da região, eles conseguiram catalogar quatro espécies de cágados. A partir de estudos no ano seguinte, eles conseguiram detectar que duas delas ameaçavam a existência das outras.

Os estudantes realizaram um cadastro dos pescadores que atuam no rio e entregaram ímãs de geladeira aos moradores ribeirinhos para que eles possam contactar o Clube caso avistem um cágado. A ideia é aumentar a distribuição de material para que eles possam proteger todas as espécies presentes na região.

Contato com povos originários

Percebendo que os alunos do CEI Emília Piske conheciam muito poucos sobre os povos indígenas do território brasileiro, as professoras introduziram povos originários aos alunos entre 1 e 2 anos.

Cada turma pesquisou um tipo de linguagem (como o idioma, a música ou a arte) ou escolheu uma etnia específica para estudar. Um exemplo foi o aprofundamento sobre a cultura dos ticunas, povo que se concentra na divisa com o Peru e a Colômbia.

Alice Kienen

As crianças pintaram as cascas de árvores, como os indígenas, e produziram um Livro das Árvores como o criado pelo povo. Enquanto o deles foca nas lendas sobre as árvores do entorno, os alunos do CEI da Fortaleza Alta focaram na parte científica.

Cada um escolheu uma árvore para fotografar, já que eles são muito pequenos para retratar a estrutura por forma de desenho, e os pais que se intereressaram auxiliaram na pesquisa sobre a espécie selecionada.

Uso e descarte adequado de celulares

O que fazer com um celular que não é mais utilizado? Encarando essa pegunta, os alunos da escola Felipe Schmidt, na Itoupavazinha, resolveram tomar providências sobre o descarte correto dos aparelhos eletrônicos.

Alice Kienen

Tudo começou no estudo na aula de ciências sobre os danos do uso excessivo de celulares, que levou à discussão de um descarte que impacte menos o ambiente. Em conjunto com a professora de inglês, a turma realizou uma pesquisa com 720 pessoas e descobriram que pouquíssimas sabiam onde jogar o celular após comprarem um novo.

A partir daí, a escola virou um ponto de referência na região na coleta para lixo eletrônico. Após recolherem uma caixa enorme com aparelhos, eles contataram uma empresa que regularmente vai ao espaço recolher os objetos.

Importância das abelhas

Um dos animais mais importantes para o ecossistema da Terra é o personagem principal deste projeto. Iniciando pelo tema da polinização, os alunos do 3º ano A e B da escola Duque de Caxias, da Itoupava Central, entenderam a importância das abelhas. De acordo com as professoras, muitos alunos nunca haviam visto um favo de mel ou se quer provado o alimento.

Alice Kienen

Além de todo o trabalho dos insetos, os estudantes também entenderam como cuidar do meio ambiente que os envolve. As aulas de geografia envolviam a reciclagem, as aulas de português contaram com interpretações de texto sobre abelhas e na aula de matemática eles utilizaram uma receita de pão de mel para estudar pesos e medidas.

Tomate é fruta?

Foi durante a leitura de um livro infantil intitulado Eu nunca vou comer um tomate que as crianças do CEI Augusto Koester, localizado na Vila Nova, levantaram o questionamento. Afinal, se tomate é consumido com a salada, por que ele é considerado uma fruta?

Alice Kienen

A pegunta levantou uma série de pesquisas sobre o vegetal que é tão popular na alimentação brasileira. Além dos estudos envolvendo diferentes espécies de tomates, os estudantes também cozinharam diferentes pratos com a fruta.

 

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