Construções de creches iniciadas em 2016 seguem paralisadas em Blumenau; prefeitura quer retomar neste ano
Contrato com a empresa responsável pelas três obras foi rescindido em 2022
Alvos de indignação de comunidades há muito tempo, as obras de três creches em Blumenau seguem paralisadas. Iniciadas em 2016, as novas unidades de educação no município se tornaram uma novela sem fim para os moradores dos bairros Itoupavazinha e Vorstadt.
Além da descrença pela demora para soluções, o “abandono” também causaram outros problemas. No ano passado, a reportagem esteve na rua Jardim Germânico, no bairro Itoupavazinha, onde fica o terreno onde está sendo construído o CEI Elfrida Fischer Vieira.
Com a estrutura já levantada, mas sem presença frequente de trabalhadores, o local se transformou em um “ponto para usuários de drogas”, apontam alguns moradores. Além disso, muitos sentem medo por conta das poças de água que se formam na obra inacabada, além do matagal que traz o risco para bichos peçonhentos.
A situação das outras duas construções – CEI Prof. Jacó Anderle, na Itoupavazinha, e Leonides Westarb, no Vorstadt – é bastante semelhante. Obras iniciadas, mas inacabadas e abandonadas.
Mas as similaridades não param por aí. Iniciadas no mesmo ano, as três obras também era de responsabilidade da mesma empresa, a Obramaster. Lá em 2016, os serviços iniciaram sob a tutela do governo federal. Em 2020 elas foram repassadas ao município, que desde então notificou a empresa por diversas vezes, até rescindir os contratos no fim do ano passado.
Agora, a Prefeitura de Blumenau está elaborando novos editais para lançar novas licitações e enfim, retomar e concluir as construções. De acordo com o secretário de Obras, Michael Maiochi, a etapa atual é de atualização das planilhas orçamentárias, para saber os valores que deverão ser pagos.
“Estamos trabalhando forte pra que a publicação do edital ocorra dentro do mês de março”, afirmou.
Caso a expectativa se confirme, ainda será preciso vencer todas as burocracias e prazos das licitações, que podem durar meses. Mesmo assim, após anos de espera, as comunidades devem ver as obras retomadas ainda neste ano.
Até serem paralisadas, as obras foram mais de 50% executadas, restando ainda a realização dos acessos, forros, pinturas, instalações elétricas e hidráulicas, além dos acabamentos.
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