Corte de árvores surpreende pais e educadores de creche, em Blumenau

Suspeita é de que algum morador da região tenha derrubado as árvores durante o fim de semana.

Professores e alunos do CEI Marlise Theis, no bairro Fortaleza, começaram a semana com uma surpresa negativa. Ao menos cinco cinco árvores, incluindo um ipê amarelo, foram cortadas do pátio de recreação. A suspeita de membros da Associação de Pais e Professores (APP) é de que algum morador da região tenha entrado no terreno durante o fim de semana para cortar as árvores.

De acordo com a presidente da APP, Janaina de Souza, em recente reunião um vizinho havia manifestado o desejo de cortar as árvores por elas provocarem uma rachadura no muro da sua casa. A direção da escola, por sua vez, havia informado que não poderia autorizar a derrubada sem que houvesse permissão da prefeitura.

A atitude gerou comoção entre pais, professores e alunos da escola, que se envolvem no conceito sustentável aplicado no último ano. Dentro do Centro de Educação todos os alunos participam do plantio, cultivo e compostagem de vegetais. Eles possuem, inclusive, um projeto de comercialização. Uma vez por mês é organizada uma feirinha em frente à unidade, onde as crianças vendem mudas para os pais.

“Se a gente não gritar agora, não adianta plantar novamente. Estamos reivindicando por isso. É a nossa árvore, estávamos aqui cuidando. A gente tá plantando e vem uma pessoa e simplesmente corta? Como assim? Qual educação estamos passando para as nossas crianças?”, indigna-se Janaina.

Para a presidente da APP, o trabalho desenvolvido pela unidade de educação tem o objetivo de fazer as crianças entenderem e respeitarem a natureza. Os pais e professores, junto às crianças, mostram a importância de plantar e cuidar dos vegetais. Janaina preocupa-se em afirmar que a luta dos pais depois do corte das árvores é para que as pessoas aprendam e desenvolver este respeito pelas árvores.

 

Por meio de assessoria de imprensa, a secretaria de Educação informou que a direção da escola registrou um boletim de ocorrência e acionou a Fundação do Meio Ambiente (Faema), que irá até a unidade nesta semana para ter conhecimento dos fatos.

A prefeitura informou que já tinha conhecimento da situação do muro do CEI, e que havia elaborado um estudo de engenharia, além de projeto de conserto (já está em fase de orçamento para ser executado no futuro), respeitando os trâmites legais internos. No entanto, foram surpreendidos pelo corte imaturo.

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