Covid-19: Blumenau ultrapassa em mais de uma semana previsão do calendário de vacinação
Município passará a vacinar pessoas de 48 anos ou mais a partir desta quinta-feira, 24
O ritmo da vacinação contra a Covid-19 em Blumenau está à frente do calendário divulgado pelo governo do Estado de Santa Catarina no último dia 8, no que diz respeito vacinação por idades em quase um mês. O município passa a vacinar pessoas com 48 anos ou mais a partir desta quinta-feira, 24. Porém, a previsão era de que o grupo de 45 a 50 anos recebesse a primeira dose a partir de julho.
A reportagem conversou com a vice-prefeita de Blumenau, Maria Regina Soar, sobre o ritmo do município, o quantitativo de doses e a possibilidade de que a cidade conviva com a mesma situação que ocorreu em Florianópolis. Nesta terça-feira, 22, a capital catarinense teve que interromper a aplicação de primeiras doses para garantir a aplicação para aqueles que já tomaram a primeira.
Segundo Maria Regina, a vacinação está acontecendo de forma satisfatória, pois as 1,8 mil vagas que têm sido abertas diariamente são preenchidas no mesmo dia, mesmo com um número diário maior do que no início da campanha.
De acordo com a vice-prefeita, a cidade já mantêm estoque da segunda dose em separado: “Essa aceleração não compromete o nosso estoque de vacinas. Sempre que o governo do Estado encaminha doses para o município, determinam o quantitativo a ser disponibilizado para segundas doses e elas não entram no número geral, há uma separação”.
Em relação ao número de pessoas vacinadas com a primeira e segunda dose em Blumenau, Maria relatou que não há como precisar no momento. Segundo ela, o problema é que os dados não ficam armazenados no município, são repassados ao governo do estado que não está atualizando a base de dados.
Maria Regina relatou que o número de pessoas com a aplicação de segundas doses atrasadas na cidade não é muito expressivo: “Até ontem eram cerca de 159 pessoas nessa situação. Em uma busca ativa, algumas alegaram que estavam com sintomas de Covid-19 no dia, outras haviam tomado a vacina da H1N1 e precisavam esperar 15 dias entre um e outro imunizante. Alguns ainda disseram que não tiveram como ir até ao Parque Vila Germânica”, esclareceu.
Ela ainda relatou que não há uma população expressiva de pessoas que se negam a tomar o imunizante de um determinado fabricante, mas que, esses são orientados a buscar agendamento em outras datas: “Todas as vacinas que temos aqui são validadas pelo Brasil, mas não podemos obrigar ninguém a se vacinar”.