Covid-19: cirurgias veterinárias podem ser suspensas para reduzir uso de insumos

Serviços que não forem de urgência e emergência devem ser reagendados

Com o aumento nas taxas de ocupação nas UTIs em todo o Brasi, as unidades de atendimento veterinário podem suspender cirurgias eletivas, para reduzir o uso de insumos como medicamentos e oxigênio.

O Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV) que os médicos veterinários vêm contribuindo voluntariamente com os órgãos de saúde com o empréstimo de equipamentos veterinários compatíveis com o uso humano (como ventiladores mecânicos, monitores multiparâmetros e concentradores de oxigênio).

Como profissionais de saúde, os médicos veterinários foram autorizados pelos governos federal e estaduais a manterem o atendimento em clínicas e hospitais veterinários, sempre respeitando as determinações das autoridades locais a fim de diminuir o risco de exposição ao vírus.

“Nesse contexto, o CFMV recomendou, em nota divulgada em março do ano passado, que os serviços que não fossem de urgência e emergência deveriam ser reprogramados, afastando a exposição desnecessária em momentos críticos de propagação do novo vírus, orientando, inclusive, que os tutores evitassem visitar os animais internados”, salientou a entidade por meio de nota.

“Como princípio fundamental, todos os médicos veterinários devem estar atentos para que, diante de suas realidades locais, possam identificar e tomar medidas visando contribuir para melhorar as condições de bem-estar, saúde animal, humana e ambiental em equilíbrio com os padrões dos seus serviços”, finalizou a nota do CFMV.

Um das iniciativas vem de um centro veterinário que suspendeu, por dois meses, as cirurgias eletivas nos animais que atende.

“Em solidariedade à sobrecarga no Sistema de Saúde do país, o Centro Veterinário Seres, marca do Grupo Petz, que reúne 117 unidades em 15 Estados e no Distrito Federal, está suspendendo as cirurgias eletivas nas clínicas e nos 10 hospitais que realizam este tipo de intervenção. O objetivo é reduzir novas demandas de medicamentos, anestésicos e oxigênio, aumentando assim a disponibilidade destes insumos no mercado, frente à escassez nas redes públicas e privadas dos hospitais. Permanecem liberados atendimentos clínicos ou cirúrgicos e exames nos serviços de urgência e emergência”, comunicou o grupo por meio de nota.

De todas as cirurgias realizadas nas unidades do grupo, em torno de 40% são consideradas cirurgias eletivas, e em torno de 80% das eletivas são castrações.

“Nós estamos postergando de um a dois meses essas cirurgias, tempo que não compromete a saúde e o bem estar do animal. Vale frisar que esses pets são domiciliados, o que não causa um descontrole de nascimentos de animais que podem ser abandonados no futuro, diferente do processo de castração de animais resgatados pelas ONGs, onde o procedimento continua a ser realizado para evitar superpopulação desses pets”, afirmou a diretora do Centro Veterinário Seres da Petz, Valéria Correa.


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