Covid-19: dose de reforço para idosos terá intervalo de cinco meses
Governo de Santa Catarina divulgou mudança no fim dessa semana
O prazo para dose de reforço dos idosos passará a ser de cinco meses ao invés de seis. A proposta da Secretaria de Estado da Saúde (SES) foi aprovada em reunião da Comissão Intergestores Bipartite (CIB), na tarde desta quinta-feira, 21. A reunião da CIB ocorreu em paralelo a 1° Assembleia Geral Extraordinária do Conselho de Secretários Municipais de Saúde (Cosems).
Segundo o secretário de Estado da Saúde, André Motta Ribeiro, a antecipação da dose de reforço para os idosos é uma excelente notícia. “A antecipação de seis para cinco meses para aplicação das doses de reforço nos idosos é um grande ganho para Santa Catarina. Além de ampliarmos a proteção deste grupo, também atendemos uma solicitação dos municípios. Estamos com quase 90% da população vacinável com a primeira dose, colocando o estado em segundo lugar no ranking nacional, e com 64% com a segunda dose ou dose única.”
A logística de encaminhamento de doses para os municípios tem ocorrido de forma ágil e leva em conta a estimativa populacional do IBGE. No entanto, a observação da Superintendência de Vigilância em Saúde do Estado (SUV) é de que, em alguns locais, a baixa procura pela dose de reforço e a segunda dose está colocando em risco o prazo de validade das vacinas.
“A orientação que encaminhamos aos municípios é que o imunizante do laboratório Pfizer deve ser mantido até 31 dias em temperatura de 2 a 8 graus. Se as vacinas não forem usadas nesse período, devem ser descartadas. Com a aprovação dessa antecipação, podemos dar maior flexibilidade para que os municípios, a partir da disponibilidade de doses, possam utilizá-la sem risco de haver perdas. Além disso, permitirá que um maior número de idosos receba a dose de reforço”, explicou Eduardo Macário, superintende da SUV/SC.
Reforço na imunização
Com relação à aplicação da dose de reforço, até o momento foram aplicadas pouco mais de 162.190 doses em idosos com 60 anos ou mais. Entre eles, 30,5% daqueles com idade acima de 80 anos, 23,4% dos de 70 a 79 anos e 1,2% dos idosos de 60 a 69 anos já receberam a vacinação suplementar, segundo dados do Vacinômetro SC.
“A dose de reforço na imunização de idosos é uma forma de potencializar e reativar a capacidade de resposta imune do organismo. Neste grupo, a resposta vacinal pode ser reduzida por causa do progressivo declínio da função imunológica, provocado pelo envelhecimento natural das células. A dose suplementar fará com que haja uma maior e mais prolongada proteção, servindo para que os casos e mortes nessa população não voltem a subir”, detalhou Macário.