Criminosos mortos em MG podem estar ligados com assalto a banco em Criciúma
Ação foi realizada na madrugada do domingo, 31
Em uma das maiores operações relacionada à Organização Criminosa “Novo Cangaço”, as Polícias Rodoviária Federal (PRF) e Militar de Minas Gerais (PMMG) conseguiram neutralizar, na madrugada deste domingo, 31, a ação criminosa que visava atacar instituições financeiras na cidade de Varginha, no Sul de Minas Gerais.
Durante coletiva de imprensa, o tenente-coronel Rodolfo César Morotti Fernandes, destacou que, a partir da assinatura dos criminosos nos planejamentos dos crimes, eles poderiam ser a mesma quadrilha que realizou um assalto a um banco na cidade de Criciúma, em Santa Catarina.
O roubo na cidade catarinense, que contou com a participação de dezenas de criminosos, ocorreu na noite do dia 30 de novembro de 2020.
Esquema
A partir de informações de movimentação de quadrilhas de roubo a instituições financeiras na região, os policiais foram deslocados para a cidade Varginha, Minas Gerais, e iniciaram as buscas por informações que levassem ao paradeiro dos integrantes dessas quadrilhas.
De acordo com o comandante do BOPE, a ação integrada foi precisa e nenhum policial ou cidadão de bem ficou ferido. “Com base em possíveis locais onde estariam escondidos, passamos a buscar sítios e chácaras com movimentações diversas. No momento da abordagem, fomos recebidos a tiros, sendo necessário revidar a injusta agressão”, destacou o Tenente-coronel.
Confronto
Durante o confronto, 25 integrantes da organização criminosa, fortemente armados, foram atingidos. Eles chegaram a ser socorridos, mas vieram à óbito. A operação contou com o apoio do Serviço de Inteligência, grupos especializados das duas instituições, e do 24º Batalhão de Polícia Militar.
No local foi encontrado um verdadeiro arsenal de guerra: fuzis, explosivos, coletes à prova de balas, roupas camufladas e carregadores municiados, além de vários veículos roubados, uma metralhadora de uso exclusivo das Forças Armadas e “miguelitos” (objetos perfurantes feitos com pregos retorcidos usados para furar os pneus das viaturas policiais).
O chefe da Comunicação Social da PRF em Minas, inspetor Aristides Junior, ressaltou que as duas instituições realizam constantes operações integradas e destacou a importância do Serviço de Inteligência na ação.
“Com base nas informações da Inteligência, os grupamentos especializados das duas instituições foram mapeando as informações, o que evitou que a ação dos criminosos acontecesse”, pontuou.
Operação Magia Negra
O combate aos roubos a bancos em Minas tem sido uma das estratégias utilizadas pela PMMG com a realização de diversas operações. As ações são realizadas dentro e fora do estado, com atuação integrada de outras Forças de Segurança.
Em 26 de outubro, por exemplo, foi feita uma ação conjunta entre os Sistemas de Inteligência da PMMG e da Polícia Federal. A operação resultou na prisão de dois envolvidos na explosão a caixas eletrônicos no município de Pirapetinga, na Zona da Mata mineira. O crime ocorreu no dia 9 de junho.
Na operação, denominada “Magia Negra”, foram cumpridos mandados de prisão temporária e de busca e apreensão. Os mandados foram expedidos pela Vara Única da Justiça Federal em Muriaé, na região do Morro do Alemão, no Complexo da Maré e na Favela Beira Mar, em Duque de Caxias, no Rio de Janeiro. Em data anterior, outros dois indivíduos já haviam sido presos envolvidos com o crime na cidade de Mendes, também no Rio.
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