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De que maneira eventos como a Oktoberfest podem usufruir da inteligência artificial?

Em algum momento de sua vida, você já deve ter recebido uma mensagem instantânea, uma resposta automática de alguma loja, empresa, entidade, agência bancária ou evento. Esta tecnologia é chamada de inteligência artificial, ou IA (de artificial intelligence), um avanço tecnológico que permite que sistemas simulem uma inteligência similar à humana.

Para alguns parece algo muito mecânico e até antipático. Para outros, traz automação de tarefas, redução de custos e até mesmo pode servir como mecanismo de ajuda para tomada de decisões e para resolução de problemas.

Este assunto me veio à mente nesta semana quando a rainha da 37ª Oktoberfest, Sasha Benner Bauer, falou sobre expectativa para a edição deste ano, que deve voltar a movimentar a economia da cidade e região de 5 a 23 de outubro. Se tudo der certo – e tomara que sim! – será a retomada da festa depois de dois anos suspensa por conta da pandemia.

Durante a fala de Sasha lembrei que na edição do ano de 2017, a Oktober usou pela primeira vez a inteligência artificial. O objetivo era otimizar o trabalho e tirar dúvidas do público em geral. A ferramenta foi desenvolvida por uma empresa aqui de Blumenau, a HiMaker Sistemas, do empresário Henrique Bilbao – que até ano passado era presidente da Blusoft. 

Naquele momento, a empresa criou o chamado Hi Fritz. Ele foi usado em diversos portais para interagir durante todos os dias da festa. Durante a festa daquele ele, ele respondeu mais de 4.500 perguntas, participou de mais de 1.300 conversas e mais de 1.900 chats. O Hi Fritz, o robô inteligente, foi ‘treinado’ para responder perguntas de diversos tipos, como horários de desfiles, vendas de ingresso, como chegar à Vila Germânica, onde comprar ingressos e ainda compartilhava curiosidades históricas da cidade e da festa. Eram perguntas simples sobre como chegar à Vila Germânica, onde comprar.

Ou seja, esse chatbots (nome dado à tecnologia) – que na prática são ‘robôs que conversam’ – foi desenvolvido especificamente para comunicar informações básicas sobre a festa, permitindo à organização a tomada rápida de decisões e a resolução de alguns problemas comuns que surgiam. A partir foi possível mudar algumas estratégias e claro, a dinâmica das respostas, até porque era um robô, né.

E quando o robô é bem treinado ele responde as perguntas de tal maneira que as pessoas têm a impressão de estar conversando com outra pessoa e não com um programa de computador. Naquele ano da festa, o uso do robô foi um marco, tanto para a organização do evento quanto para o mundo da tecnologia.

Mas a IA pode ir muito além. Este foi apenas um exemplo vitorioso de como esta tecnologia pode permitir encurtar caminhos e auxiliar nos eventos, principalmente de grande porte. Dados como quantidade de pessoas em determinados dias, locais, áreas com maior circulação do público, acesso de veículos, só são possíveis de reunir – de forma mais precisa – por meio da inteligência artificial. A IA é capaz, por exemplo, de achar alguém que se perdeu em meio uma multidão.

Ainda assim, tem pessoas que não se adaptam às respostas automáticas, consideradas mais frias. Porém, é uma questão de as empresas aprimorarem a tecnologia. E aqui na região temos vários empreendedores que podem auxiliar nisso. Que tal treinar melhor seus atendentes virtuais e torná-los cada vez mais humanos? A Oktober está batendo na nossa porta. Será que vamos ter alguma nova IA na festa deste ano?  


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