Defesa Civil interdita três casas no topo do barranco que desmoronou

Segundo o secretário Carlos Menestrina, regularidade da obra está sendo verificada pela prefeitura

A Defesa Civil de Blumenau interditou três residências localizadas no topo do talude que desmoronou, nesta quarta-feira, 27, às margens da Via Expressa, em Blumenau. Três homens que trabalhavam no local foram soterrados no fim da manhã. Dois deles morreram e um foi localizado com vida quase quatro horas depois.

Segundo o secretário de Defesa do Cidadão, Carlos Menestrina, ainda não se tem ideia do tamanho do movimento de terra que houve no local. Por isso, os moradores serão retirados por precaução.

Segundo Marlene Kienen, uma das vizinhas do local, nem na catástrofe climática de novembro de 2008 houve deslizamento naquele barranco.

“Da nossa casa até ali tem uns seis metros, mas mesmo assim a gente está preocupado, porque não sabe o quanto que mexeu ali, se não cavou”, disse.

Menestrina ainda informou que um psicólogo do município foi deslocado para auxiliar as famílias das vítimas.

Situação da obra

Menestrina afirmou que servidores municipais estão checando a situação da obra junto à encosta. Ainda não há informações sobre a regularidade da operação. De acordo com o secretário, a licença da obra não autorizava nenhum tipo de corte no talude já existente.

A empresa responsável alegou, por meio de nota, que estava fazendo a fundação de um muro para conter o talude, e que todo o trabalho está sustentado por autorizações e liberações dos órgãos públicos responsáveis.

Menestrina disse que pretende se reunir com um representante da empresa para conferir que tipo de intervenção estava sendo feita no local.

Um fiscal do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea) chegou ao local do desmoronamento por volta das 15h desta quarta.

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