Delegada explica detalhes sobre morte de homem encontrado em escombros em Brusque
Testemunha relatou para a Polícia que vítima poderia ter se escondido em uma caixa
A delegada Flávia Gonçalves Cordeiro, que investiga a morte de Jean Carlos Juttel, o homem encontrado em meio aos escombros de uma casa demolida em Brusque, revelou novos detalhes sobre o caso ao jornal O Município.
Segundo a investigação inicial, ele morreu de politraumatismo, ou seja, ele morreu soterrado, no dia 8 de outubro, no Centro da cidade. A delegada informa que o inquérito ainda não foi finalizado, pois a Polícia Civil aguarda o resultado do laudo toxicológico.
“Neste caso, é importante saber que tipo de drogas ele utilizou. Esse laudo é encaminhado para Florianópolis, feito pela Perícia. Nós vamos solicitar novamente, para conseguir finalizar a investigação, pois já temos as principais testemunhas e provas”, detalha.
Novos detalhes
De acordo com a delegada, há imagens que mostram ele entrando na casa no dia do incidente. Além disso, testemunhas confirmaram que ele utilizou álcool e drogas junto, trabalhou o dia todo e foi direto para o bar. “Uniu a exaustão do corpo com a ministração de álcool e drogas e ele entrou na casa”, comenta.
Um pedreiro relatou para Flávia que ele pode ter se escondido dentro de um caixote muito grande que era da antiga loja que funcionava na casa. “Provavelmente, não tinha como alguém saber que ele poderia estar dormindo ali, já que a caixa era profunda”, pontua.
A delegada ressalta que como a maior parte dos ferimentos se dá na região da cabeça, há indicativos de que tenha acontecido isso com Jean.
Porém, “isso vai ficar como uma suposição, já que não foi possível provar absolutamente, por causa dos entulhos. E na hora de ser encontrado, o corpo mudou do local onde estaria por causa do movimento da máquina”, explica.
Ela conta que conversou com o perito, que disse que havia muito entulho no local, e não dá para identificar que tipo de material estava nos destroços onde o corpo foi encontrado.
Possibilidade de responsabilização
A delegada destaca que ainda irá analisar as provas e depoimentos para definir se a empresa de demolição pode ser responsabilizada pelo caso.
“Além das provas e depoimentos, vou juntar a parte pericial para verificar se realmente alguém pode ser responsabilizado ou não. Em termos de previsibilidade, se houve alguma negligência ou se realmente foi uma fatalidade”, finaliza.
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