Brasil foi apontado como o país que menos prestigia a carreira docente, de acordo com a pesquisa realizada pela organização internacional Varkey Foundation. Foram avaliadas as opiniões da população de 35 países quanto ao sentimento de respeito à valorização de professores em comparação com outras profissões. 

A partir de uma escala de 0 a 14, os brasileiros atribuíram a menor nota, 5, quanto a avaliação dos professores em comparação com outras profissões. Já a China, a nota atribuída à profissão foi 9.  

A pesquisa da Varkey Foundation também pediu aos entrevistados que caracterizassem a profissão escolhendo uma palavra, disponibilizadas em pares como confiável/não confiável, bem/mal pago, trabalha muito/pouco, muito/pouco inteligente. 

Nesse tipo de avaliação, denominada de percepção implícita, o Brasil ocupa a 25º lugar, à frente de países como Espanha, Colômbia, Argentina, Chile. De acordo com a Varkey, os resultados mostrados apontam que o professor tem baixo status em toda a América Latina, aparecendo abaixo do restante do mundo.  

“Existem muitas razões para explicar por que o status do professor é tão baixo no Brasil. Salário é apenas uma peça de um grande e complexo quebra-cabeça”, explicou a fundaçãoVarkey. 

Outro fator percebido na pesquisa indica que a profissão é mais mal avaliada nos países em que ela é mais ocupada por mulheres. No Brasil, 64,3% dos professores de ensino médio são do sexo feminino. Para a Varkey Foundation, estereótipos de gênero ou o sexismo têm forte relação com a visão negativa do status de professor. 

O levantamento da Varkey Foundation entrevistou 42 mil pessoas nos 35 países. Em cada país, foram ouvidos 1.200 entrevistados, sendo 200 deles professores. A pesquisa tem como objetivo identificar os fatores que auxiliem a melhorar o prestígio da profissão.