Com a chegada do verão uma doença sempre toma conta das manchetes: o câncer de pele. O Dezembro Laranja, mês alusivo à conscientização e prevenção do câncer mais comum no Brasil, é um lembrete dos cuidados que é necessário ter em todas as ocasiões.
As dicas são simples:
– evitar exposição ao sol entre 10h e 16h;
– usar protetor solar e reaplicar a cada 2 horas;
– investir em proteções como chapéus e bonés;
– procurar um médico dermatologista caso note alterações na pele
“Todos os anos repetimos isso, porque é um cuidado que muitas pessoas ainda não prestam a devida atenção. A especialista também reforça que o efeito do sol na pele é cumulativo. Mesmo que o paciente tenha começado a se proteger, a agressão que já sofreu durante toda a vida ainda pode gerar um câncer de pele. Especialmente caso a pessoa já tenha predisposição”, reforça a médica patologista Beatriz Moreira Leite.
“Por mais que peles mais claras tenham maior risco, pessoas com mais pigmentação também precisam se cuidar. Também é importante nunca se automedicar ou manipular a lesão e quando necessário, procurar um médico dermatologista”, ressalta a patologista Lauren Menna Marcondes.
Tipos de câncer de pele
O câncer de pele é dividido entre os melanomas e os não melanomas – sendo os mais comuns os carcinomas basocelulares e os espinocelulares. “Essa distinção existe porque o melanoma é mais agressivo e pode fazer metástase. Ou seja, pode se espalhar para vários órgãos, como fígado, cérebro, pulmão, mama, ovário, entre outros”, detalha a médica patologista Paula de Carvalho.
Por esse motivo, é necessário estar atento às alterações na pele. A dra. Beatriz explica que, muitas vezes, a lesão do melanoma pode regredir e o paciente pode achar que “a pinta sumiu”. Porém, enquanto isso, o câncer já chegou na corrente sanguínea.
“Os tumores do tipo não melanoma, muito raramente sofrem metástase. Geralmente, retirando com margem cirúrgica livre da doença, o paciente está curado.”, alerta.
Papel do patologista
Apesar de o dermatologista ser o médico que tem o contato direto com o paciente, o patologista é o responsável por investigar as biópsias e gerar o laudo que possibilita o diagnóstico.
A patologista Lauren Menna Marcondes, que atua nos diagnósticos da pele, explica que o dermatologista tem a visão clínica do paciente. Enxerga a lesão nele e investiga o histórico tanto do paciente e familiar.
“Nós recebemos as amostras para ver a lesão no microscópio e, junto de todo o histórico enviado pelo dermatologista, conseguimos elaborar o diagnóstico. É de extrema importância o paciente observar se a lesão cresceu, se foi rápido ou devagar, se mudou de cor, se é irregular”, exemplifica.
O protocolo, especialmente do melanoma, traz várias especificidades. A patologia descreve as características do tumor, tais como: tamanho da lesão, das margens, espessura, tipo, subtipo e se está invadindo vasos ou nervos são algumas das informações repassadas ao dermatologista e ao cirurgião oncológico, responsável pela remoção.
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