Em meio a tantas informações pesadas, o risco de exaustão mental pode ser grande nesse período pandêmico. Em cenários como esse, a atividade física tem sido o meio encontrado para diminuir a fadiga e proporcionar bem-estar em meio à sobrecarga emocional. Seja sozinho em casa utilizando dicas, ao ar livre ou na academia, a adesão de praticantes de atividades aumentou.
No Brasil, a plataforma on-line de registro de atividades físicas Year in Sport registrou crescimento de 5% no segundo semestre de 2020 no número de praticantes de algum tipo de atividade física. No ano passado, os brasileiros percorreram 133,1 milhões de km, enquanto em 2019 o total foi 98,4 milhões de km registrados, segundo a plataforma, como apontado pelo relatório anual da Year in Sport, divulgado no final do ano passado.
Mesmo com atividades em academias e parques já liberadas em diversas cidades do país, há quem prefira ganhar condicionamento físico dentro de casa por meio de aplicativos, assistindo vídeos e seguindo dicas da internet. No entanto, como alerta o personal trainer Jaddy Santtos, embora pareça inofensivo e prometa bons resultados, a prática sem acompanhamento de um profissional de educação física pode ser perigosa.
“Os aplicativos de exercícios físicos que estão na moda não são para todos. Não são totalmente inclusivos, pois não existe uma receita de bolo para que você possa lidar com as restrições e lesões que possam surgir com a prática sem acompanhamento, por exemplo. O perigo de os aplicativos ou vídeos de pessoas é não terem os devidos cuidados de prescrever algo para cada individualidade dos alunos”, explica.
Com mais de 10 anos de carreira, Jaddy pontua que é através de uma análise feita pelos profissionais de Educação Física que se chega à atividade ideal para cada indivíduo, respeitando os variados perfis. Mas caso ainda assim o praticante opte por treinar em casa, o profissional orienta que “a pessoa escolha aplicativos e vídeos que procurem conhecer a pessoa que estar por trás disso e busque saber sobre qualificações, especializações e o histórico da pessoa na área”.
Para o professor de Educação Física, Humberto Andrade, é importante que as atividades desempenhadas à distância sejam visualizadas pelo orientador para que ele possa fazer correções e evitar comprometimento da saúde. “Primeiro, o aluno tem que ter atenção ao espaço que escolheu. Não pode ter nada que ofereça perigo, como quinas de mesas, para não se machucar. Também é importante manter a postura, ter os mesmos cuidados com o corpo como se estivesse em uma academia”, comenta o educador.
1º de setembro – Dia do educador físico
O Dia do educador físico é comemorado anualmente em 1º de setembro. A data foi escolhida por ser a mesma em que a profissão foi regulamentada, em 1998, quando foram criados os conselhos federal e estaduais de educação física.
O educador físico é o profissional que responsável por elaborar um plano de aula de acordo com a necessidade de cada indivíduo, por ensinar e acompanhar a execução correta do exercício, corrigir a postura e contribuir para que o aluno continue motivado a praticar os exercícios.
Atualmente, o país conta com mais de 370 mil profissionais registrados nessa área, de acordo com o Conselho Federal de Educação Física (CREF).
O profissional que se forma tem dois caminhos para seguir, a licenciatura – permite atuar, exclusivamente, com alunos do ensino fundamental e médio, dando todo o suporte para o desenvolvimento dos estudantes; e o bacharelado – permite trabalhar com musculação ginástica, crossfit, treinamento funcional e como personal trainer.