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DIC de Blumenau planeja aderir à paralisação em protesto à reforma da previdência

Policiais civis acreditam que governador Moisés privilegia a Polícia Militar

A revolta da Polícia Civil de Santa Catarina com a reforma da previdência deu início a um movimento em protesto ao governo estadual. A operação Segurança em Alerta, que já começou em outros municípios, pode ter início em Blumenau nesta quinta-feira, 24.

De acordo com o delegado Ronnie Esteves, responsável pela Divisão de Investigações Criminais (DIC) da cidade, caso o governador Carlos Moisés não atenda aos pedidos da categoria em uma reunião marcada para a manhã, os policiais da DIC irão aderir à operação.

“Já que ele disse que não desempenhamos uma atividade de risco, não precisamos de algemas, coletes à prova de balas e armas. Vamos formalizar a devolução desses objetos. Sem dúvida tudo isso vai impactar na prestação dos nossos serviços”, alertou o delegado.

Policiais civis do estado também já afirmaram que não participarão do operações a nível estadual. Uma das principais críticas é a diferença no tratamento em comparação à Polícia Militar.

Alguns acreditam que isso se deve ao passado militar do próprio governador. Moisés foi comandante dos bombeiros militares até se aposentar, aos 48 anos. “Mas um policial civil idoso precisa correr atrás de criminosos até os 65?”, questionou Esteves.

Quanto ao argumento da dificuldade financeira de bancar a aposentadoria dos policiais, o delegado reforça que a Polícia Civil é autossuficiente. O superavit chega a R$ 20 milhões, enquanto na PM a arrecadação é menor que os gastos.

“As duas polícias têm um objetivo em comum que só funciona se um complementar o outro. Não queremos prejudicar a sociedade, mas o governo está nos tratando como apenas mais um. Somos a barreira entre o caos e a ordem”, defende.


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