Distribuidores de gás de Blumenau e região estudam paralisação
Manifestações contra o aumento nos preços anunciados pela Petrobrás acontecem em várias regiões do país
Distribuidores de gás de cozinha de Blumenau e região estudam a possibilidade de paralisação dos trabalhos contra os constantes aumentos de preços anunciados pela Petrobrás.
De acordo com Jonas Vergilino Machado, 36 anos, que trabalha como revendedor de gás em Blumenau e tem um depósito na área do Garcia, com os reajustes feitos desde o início do ano, não há condições de segurar o preço anterior dos botijões e a população tem reclamado.
Ele explica que, além de pagar pelo gás, os revendedores precisam custear a manutenção dos veículos de entrega, da gasolina, do aluguel do ponto de vendas e com telefone, o que os obriga a seguir o aumento e reajustar também o valor.
“Com 50% de aumento da Petrobrás, a gente deveria estar revendendo (o botijão) a R$ 112. Não tem como segurar o preço, mas as pessoas não entendem. Dizem que é um absurdo, que estamos roubando, mas a culpa não é nossa”, desabafa.
Machado afirma que os revendedores estão fazendo o que podem para ajudar a população, no entanto, há depósitos que estão falindo e outros não conseguem pagar seus funcionários, por isso, não descartam a hipótese de também paralisar.
“Nesta crise (da pandemia), muito perderam seus empregos, mas a Petrobrás aumentou os preços. Se a Petrobrás não parar de aumentar, vamos paralisar também. Não podemos trabalhar de graça”, reforça.
No Brasil, há manifestações acontecendo em Goiás, Salvador e Sergipe contra o reajuste. Apesar da possibilidade de paralisação, Machado explica que ainda não há data definida, mas esta é a vontade da maioria dos trabalhadores da categoria.
“Pelo que estamos conversando, o pessoal está se despondo a fazer. Não tem mais condições desse jeito”, finaliza.