Doação de órgãos em SC é referência nacional
Santa Catarina possui a segunda maior taxa de doação
No mês de conscientização sobre a doação de órgãos, o Setembro Verde, Santa Catarina segue se destacando por ser referência no país. Segundo a Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO), Santa Catarina possui a segunda maior taxa de doação, com 40,7 por milhão de população (pmp), registrada no primeiro semestre de 2024, contrastando com a taxa nacional em 19,5 pmp. A não autorização das famílias no estado também é uma das menores com 35%, enquanto que a média nacional está em 45%.
“A doação de órgãos salva vidas! E esses dados mostram como o povo catarinense é solidário. É um trabalho bonito de união entre a população, o Estado e as equipes de Saúde, que muito nos orgulha”, afirmou o governador Jorginho Mello.
De janeiro a agosto de 2024, a SC Transplantes, vinculada à Secretaria de Estado da Saúde (SES), registrou 504 notificações de potenciais doadores. Desses, 215 foram doadores efetivos, equivalente ao índice de 42,3 por milhão de população (pmp) no território catarinense, nos casos de morte encefálica.
“O SC Transplantes é uma Política de Estado que vem, há mais de 20 anos, alcançando índices importantes e se destacando no cenário de doação e transplante no estado, no país e no mundo. Santa Catarina é um dos estados com a melhor taxa de doação de órgãos e tecidos do país. E o Governo do Estado é fundamental nesse processo, pois proporciona uma estrutura de atendimento e de transporte terrestre e aéreo que atende a população do território catarinense e de outros estados, de forma segura e célere”, destaca o secretário de Estado da Saúde, Diogo Demarchi.
Mês Nacional da Doação de Órgãos
O ato de amor e solidariedade é lembrado no mês de setembro. A data visa conscientizar a sociedade sobre a importância da doação e, ao mesmo tempo, fazer com que as pessoas conversem com seus familiares e amigos sobre o assunto. Um doador pode salvar a vida de, pelo menos, 10 pessoas que aguardam por transplantes de órgãos e tecidos.
O coordenador da SC Transplantes, Joel de Andrade, reforça os excelentes índices alcançados em Santa Catarina. “O Setembro Verde traz boas notícias para Santa Catarina. Esse ano, com os resultados já alcançados, conseguimos realizar quase 900 transplantes, beneficiando toda a população catarinense. Seguimos firme com o trabalho de educação dentro das instituições hospitalares doadoras, treinando os profissionais para que tenham máximas habilidades na hora de entrar em contato com as famílias que vão autorizar a doação de órgãos. Estamos trabalhando para que esses números cresçam e que possamos entregar, ao final desse ano, um resultado ainda melhor. E não se esqueça, se você é um doador de órgãos, comunique sua família!”, reforça.
Referência em taxas de doação de órgãos no Brasil e na América Latina, Santa Catarina chegou a este patamar por meio de capacitações constantes e desempenho excepcional das equipes das Comissões Hospitalares de Transplantes. Há 69 instituições hospitalares de Santa Catarina que integram o Sistema Estadual de Doação.
Como ser doador
Todas as pessoas podem doar órgãos e tecidos. Não é necessário deixar nada por escrito, basta comunicar sua família sobre o desejo da doação, pois ela só acontece após autorização familiar. Após o consentimento da família, são iniciados o planejamento da logística, os procedimentos para remoção dos órgãos, seleção dos receptores mais compatíveis e, na sequência, distribuição dos órgãos para serem transplantados.
Do doador ao receptor
A logística de transporte após a retirada dos órgãos é uma das etapas mais importantes, pois quanto mais jovens os doadores, mais complexa é a estrutura devido ao potencial de utilização dos órgãos. O Governo do Estado tem à disposição aeronaves da Secretaria de Estado da Saúde/Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), da Polícia Militar, da Polícia Civil, do Corpo de Bombeiros, táxi aéreo e voos comerciais, de acordo com a disponibilidade no momento.
Todo o processo movimenta dezenas de pessoas e dura, em média, entre oito e 12 horas, com exceção de órgãos como o coração e o pulmão, que precisam ser transplantados rapidamente, não podendo ultrapassar o tempo de quatro horas.
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