Popularmente conhecidas como “Doença do carrapato”, as hemoparasitoses, como Erliquiose e Babesiose são doenças muito comuns no Brasil devido ao clima favorável para o ciclo reprodutivo do vetor, que é o carrapato.
Como os carrapatos transmitem as doenças?
É importante compreender que o carrapato apenas transmite a doença, mas quem causa essa enfermidade são bactérias ou protozoários, que usam o carrapato como um meio de transporte para chegar até os animais.
Dessa forma, o carrapato pica um animal infectado e se contamina, podendo picar e inocular os microorganismos em animais saudáveis.
Como essas doenças se manifestam?
O carrapato mais comum que parasita os cães é o Rhipicephalus sanguineus, e pode transmitir Babesiose e Erliquiose, além de outras doenças para os animais domésticos.
A erliquiose é causada pela bactéria Erlichia canis, que ataca os glóbulos brancos (células de defesa) e pode ser identificada em três fases: aguda (2-4 semanas), subclínica (de vários meses a anos) e crônica. Também ocorrem sinais clínicos de febre, manchas avermelhadas na pele, letargia, perda de peso, anorexia, sinais oculares e neurológicos.
A babesiose é causada pela Babesia spp., um protozoário que parasita os glóbulos vermelhos (hemácias) e pode causar anemia, febre, anorexia, letargia, vômito, diarreia e icterícia (coloração amarelada da pele).
Além dessas doenças, os carrapatos também podem transmitir Anaplasmose, doença de Lyme e Febre maculosa.
Como prevenir?
A melhor forma de prevenção para as doenças do carrapato é o controle racional de infestação de carrapatos, ao combinar o tratamento dos animais com o controle ambiental. Isso pode ser realizado ao utilizar carrapaticidas nos animais, incluindo as de uso oral, spot-on e coleiras.
O controle ambiental deve ser realizado simultaneamente, pois durante cada fase de vida do carrapato, ele passa alguns dias se alimentando no animal, para depois se esconder em frestas na parede, rodapés, batentes de porta, quadros e outros móveis, geralmente em locais mais altos e distantes do chão. Por isso recomenda-se a dedetização do ambiente com soluções à base de piretróides.
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