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Dono de construtora preso por aplicar vários golpes em Blumenau é transferido para Indaial

Ele foi preso em São José e permaneceu no litoral por conta da lotação do Presídio Regional de Blumenau

Silvio Sandri, proprietário da Concretize Construtora e Incorporadora, finalmente será interrogado. O homem suspeito de aplicar diversos golpes em Blumenau foi preso em São José no início do mês. Entretanto, não foi transferido para cidade por conta da lotação do Presídio Regional de Blumenau.

Como solução paliativa, o delegado Juraci Darolt, responsável pela investigação, resolveu transferi-lo para a Unidade Prisional Avançada de Indaial. Sandri já está à disposição da Justiça da Comarca de Blumenau e deve ser interrogado nesta sexta-feira, 20.

Relembre o caso

O dono da construtora é acusado de aplicar diversos golpes em Blumenau, com estimativa de que tenha faturado cerca de R$ 11 milhões com as infrações. De acordo com o delegado Juraci Darolt, Sandri deve responder pelos crimes de estelionato e organização criminosa.

Sandri é o responsável por três empreendimentos que não foram finalizados. As construções ficam nos bairros Badenfurt, Itoupava Norte e Água Verde. Outros dois prédios, nos bairros Velha e Escola Agrícola, sequer saíram do papel. Em um dos locais, o mesmo apartamento foi vendido para seis clientes.

Algumas vítimas chegaram a montar uma associação e contrataram um escritório de advogacia para tentar recuperar os valores. No prédio do Badenfurt foi colocada uma faixa para anunciar que a propriedade foi bloqueada por decisão judicial e que a construção contém imóveis que foram vendidos em duplicidade.

O Município Blumenau

Ainda segundo a investigação, muitas pessoas investiram todas as economias que tinham na compra do imóvel. Um comerciante do bairro Itoupava Norte chegou a entregar R$ 500 mil para o construtor, na esperança de garantir a aposentadoria através de aluguéis.

“Ele ostentava que era o dono da construtora e oferecia os imóveis com preços imperdíveis. Alguns com 50% do valor abaixo do preço de mercado. Os compradores achavam que estavam fazendo um bom negócio”, salientou o advogado das vítimas, Herley Rycerz.