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Dono de fábrica de artigos nazistas de Timbó tem prisão negada pela Justiça

Pedido foi feito após ele fugir para Europa, mas não foi acatado

O dono de uma loja de artigos nazistas localizada em Timbó após uma reportagem de O Município Blumenau teve o pedido de prisão preventiva negado pela Justiça. A Polícia Civil e o Ministério Público de Santa Catarina tentaram detê-lo após ele fugir para Portugal ao saber das investigações.

Ele foi indiciado pelo Artigo 20 da Lei do Racismo, que determina que “fabricar, comercializar, distribuir ou veicular símbolos, emblemas, ornamentos, distintivos ou propaganda que utilizem a cruz suástica ou gamada, para fins de divulgação do nazismo” é crime. Ele poderá responder a até cinco anos de prisão.

O promotor de Justiça Alexandre Daura Serratine recebeu o relatório do inquérito policial nesta sexta-feira, 8. Ele irá avaliar o material para decidir se solicita novas diligências policiais e apresenta uma nova denúncia à Justiça.

Relembre o caso

A fábrica foi localizada no início de setembro mostrando a venda de objetos referentes ao nazismo na internet. Um busto de Adolf Hitler, quadros e diversos itens com símbolos nazistas foram encontrados durante as buscas.

Os objetos, fabricados pelo suspeito, estavam armazenados em dois contêineres, que estavam em um terreno no bairro Mulde Central. O caso iniciou pelo Ministério Público de Santa Catarina, que se baseou na reportagem publicada pelo jornal O Município Blumenau, em junho deste ano, para iniciar as investigações.

Na época, o proprietário do estabelecimento alegou à reportagem que não estava praticando nenhum ato ilegal, pois “a lei proíbe produtos para fins e divulgação do nazismo. Não é o caso. Os meus são itens para colecionadores e reencenadores”.


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