Duplicação da Antônio Heil: governo do estado desiste de fazer anéis viários na BR-101
Secretário anunciou que será feita uma intervenção paliativa
A reunião realizada na noite de quarta-feira, 27, revelou que o governo de Santa Catarina não executará mais a interseção da rodovia Antônio Heil (SC-486) com a BR-101, em Itajaí, como estava previsto.
O secretário de Estado de Infraestrutura, Carlos Hassler, informou que o governo avalia que não é justo com a população que Santa Catarina sozinha pague por uma obra que envolve uma rodovia federal.
“Eles transferem [o problema] para a Arteris [concessionária] e para a União. Para nós, de Brusque, é preocupante porque essa situação pode demorar um ano, dez anos ou nunca ser resolvida”, declara o vice-prefeito Ari Vequi, que participou da reunião.
A secretaria estadual buscará uma solução com o governo federal e com a concessionária da BR-101. Ainda não se sabe ao certo o que seria, mas as conversas devem se desenvolver adiante.
O motivo para a recusa do estado em construir a interseção é a falta de dinheiro. De acordo com o projeto original, o custo da obra seria de R$ 40 milhões, fora o gasto com desapropriações.
Segundo Vequi, Hassler afirmou que o estado fará uma “obra paliativa” para aliviar o fluxo de veículos na região. Deverá ser algum retorno para desviar parte do tráfego.
“Ele falou que vai tentar dar agilidade, para que então se busque uma solução para aquela intersecção”, diz Vequi. Entretanto, o grande trevo que estava previsto originalmente está fora de cogitação.
Duplicação
A notícia importante para Brusque na reunião é que a duplicação da Antônio Heil recomeçará. Havia o temor de que a obra pudesse ficar inacabada por anos.
A Compasa executará a obra de acordo com o projeto original. A empresa era uma das integrantes do consórcio que já tocava a obra.
Inicialmente, o governo estadual havia anunciado que iria rescindir com o consórcio unilateralmente. Todavia, só a Triunfo é que está sem condições de tocar o trabalho, enquanto que a Compasa ainda consegue.
Carlos Hassler explicou que não tem como rescindir o contrato e relicitar a obra porque a Compasa poderia acionar a Justiça e comprovar capacidade de execução. O governo voltou atrás na decisão e aceitou que a empreiteira retome o serviço.
Segundo Vequi, o secretário informou que se reunirá com a Compasa nos próximos dias. A obra deve iniciar em breve e ser terminada até o fim do ano.
Falta executar o trevo da Petrobras, um retorno no Brilhante 2 e outro no Limoeiro, já em Brusque. Além disso, há pequenos serviços ao longo da pista.
O retorno do Limoeiro será uma grande rotatória. No ano passado, o governo estadual fez o projeto para um elevado naquele local, mas a licitação para a obra nunca saiu do papel.