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“É uma paralisação sem sentido”, diz o prefeito Mário Hildebrandt

Em férias, prefeito enviou áudio à imprensa criticando posição do Sindetranscol

Ainda em férias, o prefeito Mário Hildebrandt (PSB) enviou um áudio à imprensa de Blumenau criticando a paralisação do transporte coletivo nesta quarta-feira, 5. Para Hildebrandt, o protesto é “sem sentido”.

“Estou indignado tanto quanto vocês. Ainda de férias, fui surpreendido com essa paralisação do transporte coletivo. Uma paralisação sem sentido, o sindicato jogando contra o próprio patrimônio, contra si mesmo, contra a credibilidade do transporte coletivo. Uma posição intransigente, sem respeitar a população, sem avisar”, disparou.

Das 4h às 7h, os ônibus não saíram das garagens e dos terminais. Passageiros se acumularam nas paradas de coletivos à espera de condução.

Por causa da paralisação, houve congestionamentos nas saídas dos maiores bairros de Blumenau e também na BR-470. Motoristas relatam dificuldade para acessar o Centro da cidade.

Negociação

Conforme o Sindetranscol, o último encontro com a empresa, nesta terça-feira, durou três minutos. Sem acordo, os representantes seguiram para os terminais para conversar com a categoria sobre as próximas ações da campanha salarial. Às 10h a direção do sindicato vai receber a imprensa para falar sobre a negociação.

Em nota, a Blumob afirmou que o Sindetranscol proibiu motoristas de sair das garagens e terminais.

“As ações foram feitas na garagem da empresa e nos terminais, onde a frota estava pronta para partida, surpreendendo inclusive os funcionários em suas escalas”, diz o texto.

Segundo a empresa, será encaminhado ao Tribunal Regional do Trabalho um pedido de dissídio coletivo, que é quando a Justiça intervém na negociação.

“A tarifa do transporte coletivo é um peso no orçamento de qualquer cidadão. Cada centavo aumentado no salário de quem quer que seja, vai impactar na tarifa. Tem que ver se a população está disposta a pagar isso”, afirmou o diretor-presidente do Seterb, Marcelo Schrubbe.

O que foi proposto

– Manutenção da atual convenção coletiva de trabalho
– Manutenção e melhoria na redação da cláusula de garantia da não aplicação da reforma trabalhista
– Uma folga casada por mês
– Reposição da inflação do período de 1º de novembro de 2017 a 31 de outubro de 2018 (4%)
– Reajuste no vale alimentação de R$ 730 para R$ 760 nos oito primeiros meses e R$ 800 nos quatro últimos – o sindicato pede R$ 820

O impasse

– Além das cláusulas acima, motoristas e cobradores exigem 5% de aumento real nos salários