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El Niño: Santa Catarina deve se preparar para os impactos do fenômeno, diz especialista

Modelos meteorológicos apontam para possíveis transtorno no estado

Autor: Ciro Groh

Após três anos do padrão La Niña, o fenômeno El Niño está de volta, trazendo consigo a possibilidade de condições climáticas extremas no segundo semestre de 2023. Em maio, a Organização Meteorológica Mundial (OMM) já havia informado sobre o desenvolvimento esperado do El Niño no decorrer deste ano. Agora, as previsões parecem se concretizar.

Para abordar as mais recentes atualizações dos modelos meteorológicos divulgadas nesta última semana de junho, tivemos o privilégio de conversar com o especialista da Climaterra, Ronaldo Coutinho. Nesta entrevista exclusiva, Coutinho compartilha suas perspectivas sobre os impactos iminentes do El Niño na região Sul do Brasil. Acompanhe atentamente o boletim a seguir para mais informações detalhadas.

Boletim do El Niño

As últimas atualizações dos modelos meteorológicos apontam consistentemente para a ocorrência de um El Niño de forte intensidade durante o segundo semestre de 2023. Essa previsão tem importantes implicações climáticas, com efeitos significativos tanto na região Sul do Brasil quanto no Nordeste. Enquanto o Sul enfrentará um aumento significativo no volume de chuvas, a região Nordeste tende a sofrer com condições de seca.

Nesse contexto, as projeções indicam que o estado de Santa Catarina, em particular, começará a experimentar um gradual aumento na frequência e intensidade das precipitações a partir de julho, intensificando-se no final do inverno e na primavera, estendendo-se até o verão. Esse aumento gradual na intensidade da chuva trará mudanças significativas para os catarinenses, com impactos diretos na agricultura, infraestrutura e qualidade de vida da população.

Risco de enchentes

É importante destacar que durante o período de El Niño, o risco de enchentes no estado de Santa Catarina e em toda a região Sul se eleva consideravelmente. Além disso, as características típicas da primavera, como tempestades, ventos fortes e queda de granizo, tendem a se intensificar de maneira significativa, podendo elevar a condição de transtornos.

Diante do iminente cenário, é crucial manter-se vigilante, principalmente em relação às principais bacias hidrográficas de Santa Catarina. Uma vez que o estado poderá enfrentar desafios decorrentes do excesso de chuvas. Nesse sentido, torna-se indispensável priorizar medidas preventivas, a fim de mitigar possíveis problemas que possam surgir no futuro.

Em relação às temperaturas, é comum que o fenômeno El Niño provoque invernos menos rigorosos em Santa Catarina. Tudo indica, portanto, que nos aproximamos do fim do inverno e da chegada de uma primavera marcada por chuvas intensas e temperaturas frias, porém dentro dos padrões esperados ou até mesmo acima deles.

Diante desse cenário, podemos esperar uma maior ocorrência de dias úmidos e, como resultado, uma diminuição nos períodos prolongados de sol.

*Com informações: Ronaldo Coutinho/Climaterra


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