Eleições 2024: onda do 22 provoca “tsunami” no Vale do Itajaí
Era esperado que o estado mais bolsonarista do Brasil elegesse um grande número de candidatos do PL nestas eleições municipais.
Em Blumenau foi o Delegado Egídio, que venceu em primeiro turno com 51,40% dos votos; em Gaspar o também Delegado Paulo Koerich, foi eleito com 52,98% dos votos; em Indaial o candidato Silvio César da Silva recebeu 41,27% dos votos; em Pomerode Rafael Ramthun fez 45,73% dos votos; em Timbó foi eleito Flávio Buzzi com 40,92% dos votos; Rio do Sul elegeu Manoel com 40,50% dos votos; em Brusque foi reeleito André Vechi com 62,33% dos votos; em Apiúna o candidato Marcelo venceu com 71,24% dos votos; em Rio dos Cedros foi eleito Jorge Stolf que recebeu 63,64% dos votos;
Além disso, algumas cidades do litoral também elegeram os candidatos do PL como Robison Coelho que se elegeu em Itajaí com 50,66%; em Penha foi eleito Luizinho Americo com 34,38% dos votos; e em Itapema venceu Alexandre Xepa com 48,25% dos votos.
“Onda do 17”
O feito, apesar de impressionar, não é novo. Em 2018 foi a “onda do 17”, pois na época Jair Bolsonaro estava no PSL (hoje extinto após fusão com o DEM, que originou o União Brasil). Naquele ano, Bolsonaro tinha poucos segundos de televisão, mas conseguiu garantir o segundo turno e foi eleito presidente.
Nessa onda muitos desconhecidos também foram eleitos, como o próprio governador de Santa Catarina. Carlos Moisés era o nome do PSL e disputava a vaga para o Executivo estadual, surpreendeu a todos quando recebeu 1.071.406 votos no primeiro turno e foi eleito no segundo turno com 2.644.179 de votos. Mesmo sendo desconhecido no cenário estadual, foi eleito na onda 17.
O ex-deputado Ricardo Alba também se elegeu dessa forma, sendo inclusive o mais votado no estado, com 62.762 votos. Hoje no Podemos, partido diferente de Bolsonaro, fez pouco mais de 3 mil votos na disputa pela Prefeitura de Blumenau.
Fator Jorginho Mello
Além do fator bolsonarismo, também é preciso reconhecer a importância do governador Jorginho Mello nesta campanha, visto que Bolsonaro veio para apenas duas cidades. Ele tirou licença não remunerada do cargo para ser o cabo eleitoral nas cidades onde o PL tinha candidatos. Fez um tour por diversos municípios, com carreatas e eventos para mostrar força.
É fato que ele não conseguiu todas as principais cidades catarinenses como desejava. Exemplo disso é Joinville, que reelegeu Adriano Silva (Novo), Balneário Camboriú, que elegeu a filha do ex-prefeito Pavan, Juliana Pavan (PSD), e Criciúma que elegeu Vaguinho (PSD).
No entanto, esta eleição deixa claro mais uma vez que Santa Catarina é um estado predominantemente bolsonarista, mesmo que o responsável por esse movimento visite um grupo seleto de cidades para fazer campanha.
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