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Eleições 2024: Rosane (PSOL) quer tarifa zero no ônibus e construção de UPAs em Blumenau; confira entrevista

Entre outras propostas, Rosane também defende que é a única candidata de esquerda na cidade


Nome de urna: Rosane (PSOL)
Candidato a vice: Jaísa (PSOL)
Coligação: Federação PSOL REDE(PSOL/REDE)
Número de urna: 50
Idade: 62 anos
Profissão/ocupação: Advogada

A candidata Rosane (PSOL), advogada, concorre ao cargo de prefeita de Blumenau pela coligação Federação PSOL REDE(PSOL/REDE). A candidata a vice na chapa é Jaísa Dolzan (PSOL), professora do ensino fundamental. Ao jornal O Município Blumenau, ela falou sobre propostas, ideias para o mandato e respondeu às perguntas do jornal. Veja a entrevista abaixo.

Qual será a sua principal bandeira?

“A nossa principal bandeira é incluir todas as pessoas nas políticas públicas de Blumenau. Inclusive as mulheres, inclusive as pessoas pretas, indígenas, trabalhadores e trabalhadoras, pessoas LGBT que hoje não têm espaço dentro das políticas públicas que são efetivadas na cidade de Blumenau.”

Blumenau é uma cidade que votou massivamente nos últimos anos em candidatos ligados à direita. Qual a sua estratégia para que o blumenauense vote em uma candidata de esquerda?

“Isso foi no passado. Hoje, 2024, acredito que as pessoas estão fora dessa polarização e vão votar nas melhores propostas e no melhor partido, o que mais cresceu no Brasil e o que mais cresceu em Santa Catarina. Então, a gente acredita que podemos mudar e revolucionar, de fato, a cidade de Blumenau.”

Por que você acredita que a esquerda em Blumenau não consegue encontrar uma unidade para formar uma chapa?

“O PSOL é a unidade da esquerda e estamos coligados com todas as pessoas da cidade. Enquanto temos outras candidaturas de extrema direita, de direita e uma candidatura que se apresentava como de esquerda e agora se posicionou como de centro. Então, acreditamos que vamos abraçar todas essas pautas que Blumenau precisa para mudar a administração de Blumenau.”

Sem muitos aliados, como buscará condições de governar, encontrando possivelmente uma maior oposição na Câmara de Vereadores?

“Nós somos democratas, acreditamos no diálogo e os vereadores que serão eleitos terão que dialogar com o governo porque a gente quer o melhor para a cidade de Blumenau. Então, não vejo dificuldade nesse quesito porque estamos ladeados das pessoas de Blumenau que esperam uma administração absolutamente diferente.”

Porque acredita que não conseguiu reunir mais partidos em torno da sua candidatura?

“Nós estávamos abertos ao diálogo e não foi possível porque nossas propostas e projetos são diferentes das demais candidaturas. Não iríamos coligar com a extrema-direita e com a direita, obviamente, e a outra candidatura se dizia uma frente de esquerda que, na prática, vemos que não é. Então a única candidatura ao lado do povo, da comunidade, da população, é PSOL 50, Rosane e Jaísa.”

Quais são suas principais propostas para melhorar a infraestrutura e a mobilidade urbana em Blumenau, considerando o crescimento da cidade e os desafios atuais de trânsito?

“A questão da mobilidade é muito importante para nós. Nós acreditamos que se tivermos um transporte público de qualidade, acessível, com tarifa zero, com aumento de frota e de linhas, as pessoas vão usar mais transporte coletivo. Então, também queremos prolongar os corredores de ônibus para os principais bairros, fazendo com que a população de Blumenau utilize mais o transporte coletivo e isso desafoga o número de veículos em Blumenau, porque nós temos uma malha viária muito complicada, com estrangulamento das ruas centrais e próximas da área central de Blumenau. Então, prioritariamente, é auditar o contrato com a Blumob, buscar implementar um dos programas de tarifa zero que a gente já vem estudando ao longo do ano e também aumentar as calçadas, criar espaços para o uso de patinetes, para que eles não fiquem na malha viária e nem na calçada, interligar e ter um plano municipal de bicicletas, para que as pessoas realmente possam se deslocar a um ponto ao outro sem correr perigo, então com ciclofaixas, ciclovias que deem segurança aos ciclistas, enfim, e outros modais que a gente vai, assumindo o governo, estudar, planejar e implementar na cidade de Blumenau.”

Como você planeja fortalecer a saúde pública em Blumenau, especialmente em relação ao atendimento nos postos de saúde e na oferta de especialidades médicas?

A saúde para nós é muito importante, eu acho que é a principal pauta da cidade, porque não é possível que a população fique à mercê de ser atendida em filas intermináveis no Hospital Santo Antônio, sobrecarregado, com certeza. Os AGs de Blumenau não atuam aos finais de semana, eles fazem um rodízio conforme a determinação da Secretaria de Saúde, a fila para exames, até exames de hemograma tem fila. Então, nós temos que criar as unidades de pronto atendimento, para isso existem recursos federais para a estrutura, para financiar a estrutura de três UPAs e também abrir concursos para mais médicos e para médicos especialistas, para que realmente a população de Blumenau não fique mais sofrendo, doente, esperando um aplicativo que não abre ou uma consulta que não vem e quando chega lá o médico não veio ao postinho ou se descredenciou da rede. Para nós, a saúde é prioridade, a saúde do cidadão e da cidadã de Blumenau.”

Quais políticas você pretende implementar para incentivar o desenvolvimento econômico local, especialmente para pequenas e médias empresas, que são fundamentais para a economia de Blumenau?

Nós temos um eixo muito grande focado na economia criativa, tanto como fomentar o que já tem em Blumenau em termos de tecnologia de informação, fomentar novos coletivos e startups que atuem no mercado, mas principalmente estimular e qualificar, capacitar a criação de cooperativas, para que o povo em cooperação possa produzir e vender com eficácia os serviços que são produzidos em Blumenau, tanto na área da cultura, do artesanato, da arte e também de pequenos negócios. Agilizar os procedimentos de implementação de micro e pequenas empresas, fomentar pequenas linhas de crédito, facilitar a vida de quem precisa trabalhar em Blumenau e que encontra dificuldades. E para grandes empresas, a gente quer sim atrair grandes empresas para Blumenau, desde que elas tenham um compromisso com a sustentabilidade, que elas não poluam, que elas respeitem as pessoas e ajudem a Blumenau a ser novamente uma grande potência no Estado de Santa Catarina na área empresarial.”