O último ano fiscal encerrou-se em 30 de junho, e durante esse período foi registrado um recorde em vouchers que não foram resgatados nos cassinos do estado de Nevada. Para se ter noção, um total de US$ 22 milhões foi deixado para trás pelos apostadores, que não se deram o trabalho de trocar seus vouchers por dinheiro.
Os vouchers estavam sendo oferecidos porque grande parte dos cassinos de Las Vegas e da região pararam de usar moedas para oferecer seus prêmios, já que o troco era muito difícil de ser recebido. Assim, parte das premiações era dada em notas, e os centavos eram entregues no formato de vouchers, que poderiam ser resgatados. Se por exemplo a pessoa vencesse US$ 300,60 em apostas, receberia os US$ 300 em notas e os US$ 0,60 restantes entrariam para o voucher, que podia ser resgatado no caixa do cassino.
Porém, muitas vezes o caixa tem filas, e as pessoas preferem ficar com o voucher nas mãos. Turistas também podem escolher ficar com ele e guardar como lembrança da viagem. E, já que os cassinos permitem a troca em até 180 dias, apostadores não podem ficar guardando para resgatar depois. Assim, esses centavos acumulados no ano fiscal passado se transformaram em US$ 22 milhões.
Apesar de ser um recorde histórico, a situação não é tão incomum em estabelecimentos físicos de jogatina. Aqui no Brasil, por exemplo, não existe esse problema, já que só podem operar os cassinos virtuais com as melhores roletas online, os quais pagam o valor integral aos jogadores. Essas plataformas de jogo online têm roletas ao vivo, modos eletrônicos e lançamentos regulares, que trazem ainda maior emoção para usuários que acessam tanto do aparelho móvel quanto do navegador.
Para onde foi o dinheiro?
Já pensando nessas situações, o estado de Nevada promulgou uma lei em 2011, que dita que 75% do valor de vouchers expirados de casas de jogos vão para os cofres públicos, enquanto os 25% restantes ficam com o cassino. Ou seja, apenas nesse ano fiscal, Nevada recebeu US$ 16 milhões que foram deixados para trás pelos clientes, um recorde absoluto.
O sistema começou a ser mais utilizado por cassinos em 2013, e desde então o valor abandonado vem crescendo consideravelmente. Viu-se uma queda esperada no ano fiscal de 2021, por conta do impacto da pandemia do covid-19 nos estabelecimentos de jogatina, muitos dos quais não puderam abrir as portas por algum tempo. Assim, o recorde anterior era de 2020, ano em que US$ 14,4 milhões foram abandonados pelos jogadores. A marca atual mostra que o recorde anterior foi superado em mais de 50%.
Também é importante notar que os vouchers só podiam ser utilizados para máquinas caça-níqueis por alguns anos. No entanto, a partir de 2021, a lei passou a permitir que casas de jogos usassem a ferramenta para mais modalidades, como os jogos de mesa e até as apostas esportivas. Isso também pode ser uma das explicações para a cifra milionária registrada, que tem potencial de crescimento ainda maior.
Ganhador de mais de US$1 bilhão não reivindica prêmio
E por falar em valores não resgatados, neste dia 29 de agosto fez um mês desde o sorteio da Mega Millions, loteria estadunidense que sorteou US$ 1,337 bilhão, a segunda maior premiação da história de loterias dos EUA. Mesmo com esse número impressionante, a pessoa sortuda ainda não reivindicou o seu prêmio bilionário, o que, de acordo com os funcionários da loteria vencedora, pode indicar que a pessoa não sabe ainda da sorte que teve. “Em um prêmio dessa magnitude, não é incomum que a pessoa demore para reivindicá-lo. Tenho certeza de que eles estão passando por muitas emoções diferentes”, disse o diretor da loteria a repórteres.