De acordo com um estudo feito pela Confederação Brasileira de Empresas Juniores da Brasil Júnior, o país tem o maior número de empresas abertas atualmente, com mais de 11 mil universitários associados em 18 estados e no Distrito federal, realizando projetos dentro de instituições de ensino. Com objetivo de prestar serviços, administrar projetos, apresentar ideias e realizar todos os procedimentos de uma empresa sênior, as EJs são formadas exclusivamente por estudantes de graduação e representantes de um ou mais cursos de uma instituição de ensino.
O estudante de Engenharia de Agrimensura e Cartográfica, Matheus Dumas, destaca a importância atualmente. “A empresa ajuda no desenvolvimento da prática, atuando como qualquer empresa atuaria no mercado, o que dá vivência ao aluno e experiência ao lidar com pessoas fora do meio acadêmico e com o mundo pós faculdade. É quase como um teste drive da vida profissional”, afirma.
Com o propósito preparar os universitários, despertando e aperfeiçoando habilidades como liderança, trabalho em equipe e comunicação, promovendo assim, o crescimento pessoal e profissional por meio da vivência empresarial. Dumas ainda destaca – “Grande parte do conhecimento que adquirimos na empresa é da vivência prática, do que encontraremos no mercado. Então, ele serve para ajudar no nosso desenvolvimento”, afirma o estudante que trabalha no setor de marketing da Datum Jr., empresa desenvolvida no núcleo de engenharia da Universidade Federal da Bahia (UFBA).
A vivência nessas empresas contribui na formação profissional dos alunos. Muitos acabam se sentindo perdidos sobre qual área do curso querem seguir e é neste momento que eles podem colocar em prática tudo o que aprendem em sala de aula e descobrir as afinidades com determinado segmento do seu curso.
“Acho que deveria ser uma experiência obrigatória em todos os cursos de todas as instituições de ensino superior”, defende a estudante de Publicidade e Propaganda Ana Luiza Santiago, que fez parte da Agência Experimental Galáxia, empresa júnior da Unijorge.
“O mercado, muitas vezes, não te aceita quando você não tem experiência e o aprendizado adquirido nas empresas juniores é um diferencial, além dos valores adquiridos por ser o primeiro contato profissional que a pessoa tem com uma dinâmica em grupo. Foi uma das melhores fases para mim. Não tinha nenhuma remuneração, mas a experiência era o meu maior ganho. Eu faria tudo novamente”, conclui a estudante.