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Ao ingressar em uma graduação, o estudante passa por um processo de aprendizado intenso. Ao longo do curso, é preciso colocar na prática o que foi ensinado em sala de aula. Para isso, existem as empresas júniores ou EJ’s, associações sem fins lucrativos geridas por estudantes universitários com um único propósito: empreender para adquirir conhecimento. Em todo Brasil, existem cerca de 900 empresas com mais de 22 mil associados, de acordo com a Brasil Júnior (Confederação Brasileira de Empresas Júniores), associação que representa nacionalmente esse movimento.

Duélen Feijó é graduanda em Engenharia de Alimentos e presidente executiva da Federação das Empresas Juniores do Estado do Rio Grande do Sul (FEJERS) e analisa o movimento como uma potencialização do novo mercado. “Acho que o Brasil é um país que precisa muito de iniciativas empreendedoras para que a gente consiga de alguma forma mudar muitas realidades. Com o empreendedorismo conseguimos trazer novas caras para o mercado, novos produtos e aquecer a economia do país”, diz a estudante.

As EJs foram responsáveis por produzir, aproximadamente, 18 mil projetos, em sua maioria para pessoas físicas (32,1%) e microempresas (31,1%). As pequenas empresas somam 17,6%, os empreendedores individuais 13,2%, as médias empresas 3,2% e os órgãos públicos 2%. Apenas 0,8% foram para grandes empresas.

A estudante de Engenharia Florestal Iara Oliveira, passa pela experiência empreendedora como gerente de processos na Empresa de Consultoria Florestal Júnior (EMCOF) e ressalta o desejo de mudar a realidade atual através dos conhecimentos adquiridos em sala de aula e através de capacitações e consultorias com pós-juniores e professores. “O que aprendemos na sala de aula, aplicamos na empresa júnior de forma prática. Muitas vezes, os alunos têm o conhecimento, mas não sabem aplicar para o mercado. E a empresa júnior vem com a intenção de mudar essa realidade, contribuindo para que as pessoas saiam da faculdade com essa experiência”, relata.

Para o futuro, Iara almeja que a empresa seja reconhecida dentro do setor agrário, ambiental e florestal. “Quero que a EMCOF continue a fazer projetos que impactem, seja aquele produtor rural do interior do estado do Amazonas ou aquela pessoa no topo da sociedade”, conclui.

Como iniciar uma empresa júnior?

Para uma empresa júnior começar é preciso estar filiada a uma associação do estado. O processo de federação é realizado através do PUF – Programa Único de Federação e, a partir disso, as empresas juniores são acompanhadas desde a fase de iniciativa até o processo de fundação, recebendo suporte com mentorias para alavancar resultados e superar os desafios dos critérios de federação.

Encontro Nacional de Empresários Juniores – ENEJ

Entre os dias 04 e 07 de setembro, acontecerá 26ª edição do Encontro Nacional de Empresários Juniores (ENEJ) no ExpoGramado, em Gramado (RS). O evento contará com workshops, cases, rodas de discussão, minicursos com grandes nomes do mercado e mais de 60 palestrantes. O encontro é realizado anualmente pela Brasil Júnior e simboliza o impacto do movimento empresa júnior (MEJ) no país. O ENEJ tem caráter itinerante e acontece cada ano em um estado diferente no Brasil.