Empresa lucra 9,6% sobre o sistema independente do cenário

Por Giulia Godri Machado e Pedro Machado

A Taxa Interna de Retorno (TIR) da Blumob, por contrato, é de 9,6%. Segundo a gerente de Controle, Regulação e Fiscalização de Transporte Coletivo, Lucilene Bezerra da Silva, o índice foi obtido por meio de uma pesquisa da média em outros municípios. Para a Agir, a taxa segue o padrão de mercado.

“A TIR é o risco. Tem que pensar o seguinte: eu vou montar uma empresa e essa empresa vai me dar um lucro. É mais vantagem eu ter esse lucro ou jogar o dinheiro na aplicação financeira e ganhar os juros?”, explica Heinrich Pasold, diretor geral da Agir.

Para o advogado Raul Ribas, é difícil cravar se a TIR é correta ou não. O especialista explica que ela é fruto de um cálculo complexo, uma equação que envolve o equilíbrio financeiro da operação com as especificações do edital, tudo sustentado por meio de estudos técnicos.
“Ela tem que ser justificada, baseada em análise técnica a respeito daquele serviço e local específicos onde o serviço será prestado”, observa.

O diretor-geral da Agirresume que o contrato deve representar um investimento que valha a pena para a empresa concessionária. Quanto maior o risco do negócio, mais a taxa de retorno sobe. Entre esses riscos, ele cita greves, aumento do combustível, novos impostos, oscilação no mercado internacional e outros imponderáveis – como a própria pandemia.

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