Empresária desiste de ter loja em centro comercial de Blumenau após ser impedida de levar o filho

Ministério do Trabalho informou que "não há impedimento legal para que a criança permaneça com a mãe que trabalha na loja"

A empresária Daniela Cristina Buchling, proprietária da loja Baby Play, relatou ao jornal O Município Blumenau, que o centro comercial CIC Blumenau proibiu o filho dela de ficar no local durante o horário de trabalho.

Ela afirma que a loja Baby Play havia sido aberta no CIC em agosto de 2022 e, um mês depois, já havia reclamações por parte da gerência do centro comercial devido a seu filho ir junto para a loja.

Daniela explica que, em setembro, foi comunicada da proibição de levá-lo. Seu filho, de 10 anos à época, frequentava a loja ocasionalmente durante a manhã, enquanto ela trabalhava. O local, de acordo com ela, oferecia um ambiente tranquilo para que o filho pudesse realizar suas tarefas escolares enquanto ela gerenciava o negócio.

“No fim de setembro de 2022 recebi um e-mail informando que meu filho não poderia mais permanecer na loja. Argumentaram que não seria permitida a presença dele todos os dias, o que, para nós, foi um choque, já que não havia essa restrição no regimento interno do local”, explicou Daniela.

A empresária afirma ter tentado dialogar com a administração do CIC, contestando a falta de base legal para a proibição, mas não obteve sucesso. Ao tentar esclarecer a situação, recebeu a justificativa de que a restrição se dava por normas do Ministério do Trabalho.

Ministério do Trabalho contesta proibição do filho da empresária

Ela foi, portanto, em busca de informações diretamente do Ministério do Trabalho, e o órgão a informou que “uma vez que a loja não é um ambiente insalubre e tampouco perigoso, não é vedada a presença de menores no local. O que é vedado é apenas o trabalho infantil. Sendo assim, não há impedimento legal para que a criança permaneça com a mãe que trabalha na loja”.

“Percebi que a situação estava se tornando hostil para mim e para o funcionamento da loja. Decidi antecipar a mudança de estratégia, contratando um funcionário e, posteriormente, devido à falta de movimento esperado, precisei encerrar as atividades”, acrescentou.

Após o fato, Daniela se mudou para Joinville e segue tentando abrir novamente a loja.

A reportagem de O Município Blumenau tentou contato com o gerente e o departamento jurídico do CIC para falar sobre o caso, porém, não obteve retorno até a publicação desta matéria. O espaço segue em aberto para o contraponto.


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