Enchentes no RS servem de alerta para Santa Catarina? Meteorologista avalia riscos em Blumenau e região

Há milhares de pessoas desabrigadas por conta das chuvas no RS

Chuvas intensas nesta virada de abril para maio estão desencadeando enchentes catastróficas no Rio Grande do Sul, como revelado no balanço divulgado pela Defesa Civil do estado, no fim da tarde de quarta-feira, 1.

Segundo o relatório, 114 cidades gaúchas já sofreram impactos desde segunda-feira, 29, resultando em ao menos dez mortes, isso, até então confirmadas.

Cerca de 19.110 pessoas foram afetadas por enchentes, deslizamentos de terra e desabamentos, com 3.416 desalojados e 1.072 em abrigos. Alguns locais já se aproximam de 500mm de precipitação em apenas três dias. O governador Eduardo Leite, declarou que este será o pior desastre climático já enfrentado pelo estado gaúcho.

Qual o risco de enchentes em SC

Com toda essa situação climática adversa enfrentada pelos gaúchos, muitos catarinenses estão apreensivos diante da projeção do avanço deste sistema meteorológico, atuante no Rio Grande do Sul, para Santa Catarina nesta quinta-feira, 2.

Segundo revela o meteorologista Piter Scheuer, as maiores preocupações devem estar concentradas nas cidades que fazem divisa com o estado gaúcho, como aquelas situadas no Oeste, Meio-Oeste, Serra e Sul.

Essas áreas, ao longo desta quinta-feira, podem enfrentar temporais e eventos de chuva volumosa, podendo eventualmente causar alguns transtornos, como alagamentos repentinos.

No entanto, o meteorologista já adianta que não será nada comparado com o que os gaúchos estão enfrentando.

Esta condição climática adversa em Santa Catarina deve persistir na sexta-feira, 3, e o meteorologista recomenda atenção, mesmo que não se esperem eventos tão severos quanto no estado vizinho.

À medida que este sistema chuvoso avançar para o norte catarinense, em direção ao Paraná, a tendência é que os acumulados sejam menores.

Qual o risco de enchentes na região

Quando questionado sobre os impactos da chegada desta condição climática adversa na região, Scheuer adianta que não há motivos de preocupação, em relação à possibilidade de enchentes.

Ele explica que isso se deve ao fato já mencionado anteriormente, ou seja, este sistema instável tende a intensificar volumes pluviométricos menores, conforme avança em direção à região Norte de Santa Catarina.

Mesmo assim, o profissional recomenda atenção, principalmente na sexta-feira, 3, que deve manter um tempo instável, prometendo volumes pluviométricos mais abrangentes, podendo até ser volumosos, mas não a ponto de causar enchentes no município.

Cenário de enchentes em monitoramento

Piter acrescenta em sua análise, a importância de monitorar as projeções meteorológicas de curto prazo, devido às variações das atualizações dos modelos meteorológicos.

Ele enfatiza que, os dados apresentados em seu boletim, são baseados nas informações mais recentes, disponibilizadas no início da manhã desta quinta-feira.

Com isso, ele indica que a região, segundo as últimas projeções, deve então ficar livre de uma situação que venha potencializar qualquer risco envolvendo enchentes.

*Com informações do meteorologista Piter Scheuer

Informações da Defesa Civil

A partir da madrugada da quinta-feira, 2, o avanço de uma frente fria vinda do Rio Grande do Sul traz chuvas intensas e volumosas para o centro-sul catarinense, especialmente nas áreas de divisa com o estado gaúcho.

As instabilidades inicialmente atuam no Grande Oeste, Planalto Sul e Litoral Sul, mas ao longo do dia avançam em direção ao Alto Vale do Itajaí e Grande Florianópolis. Na sexta-feira, 3, a frente fria permanece posicionada sobre Santa Catarina, mantendo a condição de chuva volumosa para as áreas em laranja do mapa.

Além da condição de chuva intensa e volumosa, em todo o período também são esperados temporais com descargas elétricas, fortes rajadas de vento e eventual queda de granizo.

Na metade norte do Meio-Oeste, Planalto Sul, Litoral Sul e nas áreas em laranja do Alto Vale do Itajaí e Grande Florianópolis, os volumes devem ficar em torno dos 100 mm.

Segundo as informações da Defesa Civil, as previsões meteorológicas estão divergindo em relação à posição da frente fria, o que pode resultar em acumulados diferentes aos que estão sendo projetados, que podem ser tanto sub quanto superestimados.

O risco é alto nas áreas em laranja para ocorrências como alagamentos, enxurradas, deslizamentos, destelhamentos, queda de galhos e árvores e danos na rede elétrica. O risco é moderado nas áreas em amarelo e BAIXO nas áreas em verde.

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