X
X

Buscar

Entenda como funcionava a organização especializada em invasões de sistemas bancários que atuava em Blumenau

Crime que ocorreu em Blumenau motivou a operação Takedown, que foi deflagrada na manhã desta quarta-feira

O Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) e Polícia Civil de Santa Catarina deflagraram, em conjunto, a Operação Takedown contra uma organização criminosa que atuava em Blumenau. A operação ainda está em andamento e é realizada em vários estados do Brasil na manhã desta quarta-feira, 7.

Segundo o Ministério Público de Santa Catarina (MP-SC), o objetivo da operação é desarticular uma organização criminosa de âmbito nacional especializada em invasões de sistemas bancários através de um ataque cibernético denominado “ataque lógico”.

A investigação, conduzida pela Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos (DRFR) de Blumenau, teve início após a prisão dos responsáveis por roubo e sequestros de duas gerentes de uma instituição financeira que trabalhavam em Blumenau. O crime ocorreu em setembro de 2022 e visava roubar os notebooks das vítimas.

O “ataque lógico” possibilitava a invasão e transferências fraudulentas em diversas contas bancárias. De acordo com o MP-SC, o primeiro passo dos criminosos era obter notebooks do banco. Os notebooks de funcionários da instituição financeira alvo da organização eram obtidos de maneira ilícita, mediante furto ou roubo. Ainda segundo o MP-SC, normalmente, algum colaborador do banco é aliciado para facilitar ou repassar informações que permitam a subtração do dispositivo eletrônico.

Com a posse do notebook do banco, os criminosos agiam como se fossem colaboradores e acessavam a rede da instituição financeira. Para isso, eles tinham duas alternativas: uso de VPN – neste caso, precisam saber a senha de algum funcionário ativo ou ter a facilitação ou envolvimento de algum deles; ou ainda poderiam acessar o Wi-Fi de uma agência a partir de um local próximo.

Assim que a rede do banco era conectada, os criminosos tinham acesso ao sistema transacional através do uso das credenciais de um gerente. A senha funcional do gerente era obtida e repassada à organização criminosa por um funcionário corrompido, diz o MP-SC.

Os criminosos acessavam contas de clientes que o grupo já sabia que tinham quantias elevadas, e efetuavam transferências eletrônicas para contas de “laranjas”.

Operação Takedown

De acordo com o MP-SC, a operação ainda está em andamento e são cumpridos 12 mandados de prisão preventiva e 13 de busca e apreensão, expedidos pela 1ª Vara Criminal da Comarca de Blumenau, nos estados de Santa Catarina, Rio Grande do Sul, São Paulo, Rio de Janeiro, Ceará, Rondônia e Paraíba, além do Distrito Federal.

No caso do crime que ocorreu em Blumenau, em 2022, em que um dos criminosos foi morto após confronto com PM, os dispositivos foram encomendados pela organização criminosa investigada para viabilizar as invasões e subtração de valores da instituição financeira, cujo prejuízo foi de aproximadamente R$ 2,5 milhões.

Após obtenção de cautelares judiciais, o CyberGaeco identificou a estrutura do grupo criminoso e os membros encarregados de cometer as invasões no sistema operacional do banco e realizar as transações criminosas, conhecidas como “ataque lógico”. Três ex-colaboradores da instituição financeira prejudicada tiveram suas prisões decretadas por auxiliarem no crime.

Ainda de acordo com o MP-SC, os integrantes do grupo criminoso têm um histórico de cometimentos de crimes e fraudes digitais, sendo que alguns deles também praticaram delitos cibernéticos contra a Previdência Social.

Leia também:
1. Após decreto que desobriga vacinação contra Covid-19 em crianças, PSOL de Blumenau entra na Justiça
2. Identificado motociclista que morreu em acidente nesta terça-feira em Blumenau
3. Carro pega fogo em estacionamento no Centro de Blumenau
4. Linguiça Blumenau ganha selo de Indicação Geográfica e será fabricada em 16 cidades do Vale do Itajaí
5. Suspeito de furto em lotérica de Blumenau é preso em Gaspar


Veja agora mesmo!

César Paulista conta histórias da carreira e fala sobre o futebol atualmente: