Erupção de vulcão na Oceania fez com que céu de Blumenau ficasse colorido; entenda
Registros foram feitos no nascer e pôr do sol
Durante o nascer do sol desta terça-feira, 1º, o céu de Blumenau chamou atenção dos moradores. Na ocasião, foi a cor do céu que roubou os olhares da população. O fenômeno foi acompanhado em diversos estados do Brasil.
De acordo com a meteorologista da Epagri/Ciram, Marilene de Lima, o fenômeno está relacionado a erupção de um vulcão submarino em Tonga, na Oceania. A erupção ocorreu no dia 15 de janeiro e por sua grande intensidade, a fumaça atingiu a estratosfera em uma altitude entre 23 e 26 quilômetros.
Como na atmosfera há correntes de vento que se espalham em direções diversas, foram essas correntes naturais que espalharam a pluma da erupção do vulcão por todo o mundo. Juntando o vento e a altitude atingida, foram suficientes 15 dias para que essa pluma chegasse até Santa Catarina.
Uma foto feita na região da Vila Germânica, no bairro Velha, no fim da tarde desta quarta-feira, 2, mostra que o fenômeno continua colorindo os céus de Blumenau durante o pôr do sol:
Nascer e pôr do sol
O nascer e o pôr do sol apresentam essa cor avermelhada por causa dos raios do sol. Esses raios percorrem pela atmosfera em uma distância longa, sendo assim, apenas se destacam as ondas que existem na extremidade vermelha do espectro.
Ainda de acordo com a meteorologista da Epagri/Ciram, Marilene de Lima, não há data para que esse fenômeno desapareça, porém, em outras ocasiões em que cinzas de vulcões foram envolvidas, a chuva acaba derrubando essas partículas em poucos dias.
“Não me recordo de um fenômeno parecido e que apresentasse esses tons pela nossa região. Quando falamos de cinzas, sempre lembramos das cinzas que vieram do vulcão no Chile, mas desse jeito avermelhado, não me recordo”, pontuou a meteorologista.
Inofensivo
Todo esse fenômeno não provoca risco algum à vida humana, pois a pluma está localizada em uma altitude acima da troposfera.
“Isso exclui a possibilidade de haver uma chuva ácida, por exemplo, embora a chuva possa derrubar as partículas, ela não se tornará ofensiva para os humanos”, finalizou Marilene.