Escassez de aço e alumínio prejudica cadeia do setor eletrometalmecânico de Blumenau
Indústrias de Blumenau e região sentem as dificuldades; confira os motivos que levaram a esta situação
Uma situação que atinge as indústrias é a falta de matéria-prima, entre alguns deles pode-se listar a ausência de aço e alumínio. Mas isso não é uma realidade somente de Blumenau e região.
Pesquisa recente, publicada na última semana, da Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostrou que 44% dos consultados estão tendo problemas para atender as demandas de clientes, seja pela demora ou até mesmo deixando de atender. O principal motivo, apontado por 47% das empresas, é a falta de estoque. Enquanto 41% relatam demanda maior que a capacidade de produção.
O presidente do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e do Material Elétrico de Blumenau e Região (Simmmeb), Dieter Claus Pfuetzenreiter diz que na região de Blumenau isso já pode ser sentido.
“A escassez da matéria-prima já está sendo percebida pela indústria do setor eletrometalmecânico, a alta demanda repentina e os baixos estoques em função do desaquecimento motivados pela pandemia, criaram uma situação de escassez de matéria-prima e o mercado reagiu com aumentos de preço, seguindo a lei da oferta e procura”, explica.
A pesquisa da CNI mostrou que 82% das indústrias perceberam alta nos preços de insumos, desses, para 31% a alta foi acentuada.
O estudo da CNI revelou também que 38% das indústrias relatam dificuldade em conseguir aumentar sua produção. Dessas, 76% dizem que o motivo é a falta de insumos e matéria-prima.
Sobre a compra de insumos e matéria-prima, 68% responderam estão com dificuldade de obter insumos no mercado doméstico. Enquanto, 56% das indústrias que usam frequentemente insumos importados disseram ter dificuldades para comprá-los.
Pfuetzenreiter explica o que pode se esperar a partir desse cenário de escassez de matéria-prima e aumento dos preços nas indústrias. “As consequências são o repasse de preços com os aumentos dos produtos e também alguns atrasos nas entregas desses produtos, embora seja um momento melhor que se poderia imaginar a alguns meses atrás, esta demanda repentina também tem suas consequências”, aponta ele, que acredita que nos próximos meses a situação deve se ajustar e manter o crescimento.
Na pesquisa da CNI, a maioria das indústrias avaliou que estas dificuldades na parte de insumos e matéria-prima não irão se resolver neste ano, 55% disse acreditar sua capacidade para atender seus clientes só voltará ao normal em 2021.