Escola Barão 70 anos: relembre primeiras turmas e conheça história de referência em educação

Instituição foi fundada em 1953 e há décadas evolui tecnológica e pedagogicamente

“Valores pela vida”. Esse é o lema que a Escola Barão do Rio Branco, que completa 70 anos neste sábado, 4, leva para seus alunos através da educação. A instituição de ensino tem acompanhando o crescimento de Blumenau, formando cidadãos críticos e grandes nomes do país.

A fundação

Foi com apenas 16 alunos que a história iniciou em 1953. A escola surgiu a partir do Jardim de Infância 2 de Setembro – que existia desde 1950 e era mantido pela Sociedade Evangélica de Senhoras de Blumenau da Igreja Luterana – e tinha o objetivo de atender as famílias da comunidade local e regional.

A instituição se baseava nos princípios e valores cristãos e ensinava para crianças em fase de alfabetização. Integraram as primeiras turmas famílias bastante conhecidas na cidade, como Arthur Fouquet Junior, Dietmar Frank, Irineu Kuester, Jacy Bruns, Reinhold Poller, César Roberto Pfau, Geraldo Dörr, Christa Brigitte Grempel, Ivanise Stuck, Karin Goemann, Marlene Boehme, Osnilda Schultz, Ronita Sachtleben, Rosemarie Hahne, Uta Hedy Hering e Ilsa Fisher.

Turma preparada para um dia de aula na década de 1960 | Arquivo Escola Barão do Rio Branco

As aulas eram ministradas pela professora Ilse Brunhilde Schmider, que também se tornou Diretora da Escola, permanecendo na função de 1953 até o ano 2000. A escolha dos professores era feita de forma muito criteriosa e, no caso da professora Ilse, sua vivência de 11 anos na Alemanha foi um grande diferencial.

Com o passar do tempo, a escola foi evoluindo cada vez mais, e as professoras Brigitte Fouquet e Tusnelda Brüeckheimer precisaram ser contratadas, em 1954, devido à alta demanda de matrículas. A partir de então, a equipe passou a aumentar cada vez mais.

Terceiranistas – Curso desenhista de estrutura 1970 | Arquivo Escola Barão do Rio Branco

Memórias

Entre altos e baixos, a Escola Barão do Rio Branco coleciona muitas memórias. Entre elas os prejuízos que as enchentes causaram e as dificuldades que a pandemia da Covid-19 trouxeram na readaptação da forma como a escola conduzia os estudos dos alunos. 

Mas mesmo com as dificuldades, a escola continua aprendendo a como resistir ao tempo. “Esses momentos nos trouxeram grandes aprendizados, permitiu o avanço em algumas práticas e também evidenciou o quanto os laços que construímos com nossos estudantes e famílias são importantes”, conta o Professor Marcos da Silva, Diretor da Escola Barão. 

E há quem tenha vivido a maior parte da história bem de pertinho, como o Seu Luiz Manoel Franco. O senhorzinho de 92 anos é o colaborador com mais tempo de atuação na Barão. Com mais de 59 anos de atuação, ele cuida dos jardins da escola com muita dedicação e é muito querido pelos estudantes e famílias, segundo o diretor Marcos. 

Seu Luiz foi um dos funcionários que acompanharam as maiores mudanças da escola também. Com o passar dos anos, novas tecnologias foram surgindo e por isso, a escola precisou se adaptar constantemente. 

Por conta disso, a escola ficou conhecida pelas inovações, mesmo sempre mantendo as tradições e os valores cristãos. “Com o passar do tempo, novos recursos foram inseridos na prática pedagógica, buscando acompanhar as demandas da sociedade e os novos tempos vividos pelos estudantes”, explica o diretor.

Entre as inovações de destaque, está a implantação de um laboratório móvel de tablets, que permite que os alunos tenham realização de jogos pedagógicos, pesquisas e as provas em formato digital, e também um grande universo no universo dos idiomas. 

Segundo o diretor Marcos, a Escola Barão foi a primeira de Santa Catarina com ensino bilíngue autorizado pelo Conselho Estadual de Educação. Por conta disso, desde a Educação Infantil, as crianças já vivenciam o aprendizado do inglês e do alemão e partir do 4º ano, também aprendem o ensino de espanhol.

Aula de “chess”, xadrez em inglês, onde os alunos aprender a jogar em outra língua | Arquivo Escola Barão do Rio Branco

A proposta de ensino bilíngue funcionou tão bem, que avançou e hoje a escola possui o sistema Barão Internacional, no qual os estudantes aprendem os conteúdos em língua inglesa e língua portuguesa de maneira transdisciplinar. Além disso, a escola também proporciona oportunidades de intercâmbios interdisciplinares com bolsas de estudos na Alemanha.

O diretor ainda explica que essa busca por sempre estar inovando acontece devido ao fato de a escola Barão acreditar que a tecnologia precisa fazer parte do contexto escolar, já que faz parte da vida dos estudantes de hoje, além de que aprender idiomas potencializa a vida deles. 

“Os jovens hoje são nativos digitais e acreditamos na contribuição que as novas tecnologias oferecem também um ensino de qualidade. E o ensino de idiomas potencializa os estudantes e a aprendizagem deles, além de certificá-los internacionalmente”, finaliza o diretor Marcos.

O ensino 

Com mais de 2 mil alunos matriculados, a Escola Barão foca seu ensino através dos valores cristãos, já que a instituição acredita que eles precisam continuar sendo cultivados e vivenciados de forma prática pelas novas gerações, dessa forma, os alunos têm aulas que além de competências técnicas e bons resultados, os alunos também saem como cidadãos críticos e aptos a contribuir com a sociedade.

“Participamos da formação de diferentes gerações ao longo desses 70 anos e os nossos estudantes são reconhecidos por uma atuação ética, por serem comprometidos com causas sociais e por serem grandes empreendedores”, conta o diretor Marcos. 

Incentivo nos esportes sempre foi um dos pilares. Equipe de futebol em 1970 | Arquivo Escola Barão do Rio Branco

Entre os alunos de destaque que já passaram na instituição de ensino Escola Barão, então nomes conhecidos nacionalmente e internacionalmente, como a ex-voleibolista, Ana Moser, que atualmente é Ministra dos Esportes no Brasil; a jogadora de handebol brasileira escolhida como a melhor jogadora do mundo da década, Duda Amorim e os reconhecidos jogadores de voleibol,  Luiz Felipe Fonteles e Tiago Brendler.

70 anos da Escola Barão do Rio Branco 

Neste sábado, 4, a Escola Barão do Rio Branco completa 70 anos com muita determinação e histórias. Com aulas desde a educação “baby” e educação infantil, até o ensino médio, projetos como o Barão Plus, Barão Esportes e Barão Cultural, como contraturno escolar para os alunos e ainda o Alameda Haus Artes e Idiomas que oferece mais de 20 cursos nas diferentes linguagens, como dança, teatro, música e artes visuais, a instituição de ensino pretende crescer cada vez mais. 

“A escola vive um momento muito especial e com muitos planos para o futuro. Os planos são de continuar qualificando o ensino, fortalecendo os laços com a comunidade e realizar o projeto de expansão que chamamos de Barão do Amanhã”, comenta o diretor Marcos. 

Saiba mais: – Escola Barão investirá R$ 35 milhões em reforma.

Ele explica que o projeto visa para a escola criar novos ambientes de aprendizagem, espaços para a realização de eventos e áreas de convivência, áreas de embarque e desembarque que irão proporcionar flexibilidade, conforto e segurança, passarela aérea inteligente e funcional para integrar os ambientes, um novo local compartilhado para alimentação, novo prédio para educação infantil e um auditório para 340 lugares.

O projeto será realizado pela A+C Arquitetura. Confira fotos:

Para a escola Barão, 2023 será um ano de muitas comemorações. Nesta sexta-feira, 3, os alunos puderam aproveitar diversas brincadeiras e atrações para comemorar as vésperas do aniversário. Além disso, o calendário deste ano está repleto de outros eventos com foco no aniversário de 70 anos. 

Ainda neste domingo, 5, um Culto de Gratidão celebrado pela Pastora Sílvia Beatrice Genz, Pastora Presidente Nacional da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil – IECLB, será realizado a partir das 9h, na Paróquia Luterana Blumenau, no Centro.

Confira uma galeria de fotos do arquivo da Escola Barão:


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