O surgimento da instituição escolar à maneira como estamos acostumados, isto é, com alunos dispostos em carteiras ao longo da sala de aula e também com a presença de um professor, se dá no século XII.

Seu caráter educacional, durante este período, era visto como uma ação extensiva de caridade da Igreja Católica, que cedia espaços próprios, com a finalidade de ensinar a Escrita, a Leitura, a Matemática Básica e juntamente, as lições do Catecismo e do Ensino Religioso.

Contudo, ao longo dos séculos, até os dias de hoje, a escola tem se mostrado cada vez mais como um grande espelho da sociedade, sendo um reflexo das relações sociais que ocorrem no dia-a-dia.

Dentro deste contexto, a escola atua como um termômetro social, sobretudo para gerações futuras.

Pensando nisso, hoje iremos ver como o tema violência na escola em redações pode ser discutido e também iremos passar por cima de alguns argumentos que podem ser utilizados neste tema.

Condições socioeconômicas

O primeiro ponto a ser analisado dentro da parte argumentativa neste tema é que o ambiente escolar é extremamente amplo, diverso e plural.

Logo, o ponto de partida para escrever uma redação ou dissertação argumentativa dentro do tema da violência escolar é justamente a análise de relações sociais dentro do ambiente escolar.

Quando falamos na pluralidade dentro do ambiente escolar, um fator que evidencia esta pluralidade é a condição socioeconômica dos alunos e de seus familiares.

Esse contraste socioeconômico é acentuado, sobretudo, em escolas particulares, pois estas realizam processos seletivos a fim de distribuir bolsas de estudo às famílias mais necessitadas.

Quando temos um ambiente onde existem alunos que moram em bairros nobres e vão para a escola de carro com seus pais e também alunos da periferia, que vão de ônibus ou a pé à aula, temos um ambiente de contrastes sociais e ideológicos.

Logo, a atuação dos professores na formação não só de profissionais, mas de cidadãos, é essencial neste momento, a fim de minimizar os impactos causados pelo preconceito, racismo e segregação social.

Segundo o website ”A Educação Nos Move”, existem algumas estratégias e metodologias que podem ser utilizadas dentro de sala de aula a fim de minimizar preconceitos raciais, como:

  1. Levar diversidade para a sala de aula
  2. Expor os alunos a diferentes tipos de pessoas e ambientes
  3. Implementar lições sobre o racismo e o preconceito
  4. Abordar justiça social dentro da sala de aula
  5. Usar de livros para explorar tópicos delicados

 

Logo, ao falar de violência nas escolas, um tópico que não pode ficar de fora do assunto é a violência social, preconceituosa e discriminatória nas escolas e também possíveis soluções para este conflito.

Alunos e funcionários PCD

Outra categoria de violência discriminatória que ocorre dentro do ambiente escolar é relativa a alunos, profissionais, funcionários e servidores Portadores de Deficiência.

Estes, por sua vez, tendem a ser vítimas em situações discriminatórias e segregacionais dentro dos ambientes escolares.

De acordo com o presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência, a falta de condições e preparo da sociedade para lidar com estas diferenças já expõe o preconceito para com esta classe de alunos e cidadãos.

Ainda, segundo Heron Carlos Alves de Souza, os grupos de pessoas com deficiência são os que sofrem maior exclusão dentro do ambiente escolar.

Como dito anteriormente, o ambiente escolar representa um reflexo da sociedade como um todo, portanto, fora do ambiente escolar, estas pessoas também tendem a enfrentar a exclusão social e a falta de acessibilidade.

Segundo o Canal do Ensino, algumas atividades adotadas dentro de sala de aula podem ser um poderoso aliado no combate à segregação e à postura discriminatória:

  • Todos juntos aprendendo com as diferenças
  • Desenho de soluções para a exclusão e o preconceito
  • Trabalhando com uma história
  • Incluir brincando
  • Sentindo na pele

A primeira destas metodologias é pautada no cartaz do Ministério da Educação e Cultura, Todos Juntos Aprendendo com as Diferenças, que propõe atividades que vençam a barreira do preconceito e da discriminação e que promovem a empatia entre os alunos.

Conclusão

Os processos segregacionistas e discriminatórios ocorrem de forma corriqueira dentro de uma escola, portanto, o professor responsável pela sala de aula e a escola como um todo têm a responsabilidade de adotar medidas e posturas que possam reduzir a ocorrência de atitudes discriminatórias dentro e fora da sala de aula.

Como dito anteriormente, o papel da escola, acima da formação de um profissional técnico capaz, é a formação de um cidadão que respeite as diferenças e pluralidade vista na sociedade.