A semana marcou o fim da linha para o Basquete Feminino de Blumenau na Liga Nacional. Ao ser derrotado pela equipe de Campinas – que fechou o confronto das quartas de final com uma virada, 2 a 1- o BFB se despediu da competição.

Depois de fazer história, chegar à decisão na temporada passada, quando fez a final e terminou vice-campeão, desta vez Blumenau encerrou sua participação bem mais cedo e em quinto lugar na classificação geral.

Pouco para quem planejou e almejou brigar pelo título pelo segundo ano consecutivo?
Aparentemente, sim.

Mas, justiça seja feita, é preciso colocar na balança da avaliação alguns fatores que contribuíram decisivamente para que o BFB não ficasse nem entre os quatro finalistas:
O time foi montado às pressas, porque a participação na Liga deste ano foi garantida em cima do laço. E esse é um ponto que precisa ser revisto para o ano que vem. Na vida é assim: auando deixamos tudo pra cima da hora, a chance de errar ou de enfrentar mais dificuldades pelo caminho, é bem maior.

A cidade precisa abraçar o projeto de verdade. O trabalho do BFB é sério, responsável e já gerou resultados expressivos, mas sua capacidade de investimento é limitada e mais uma vez ficou bem abaixo do necessário. Os quatro finalistas, para se ter uma ideia da disparidade financeira, possuem um orçamento três vezes maior que o de Blumenau.

Além disso, a equipe perdeu a talentosa e titular Mariana no início da competição por lesão grave e o técnico João Camargo que deixou a cidade para comandar o Sesi Araraquara.

Então, se considerarmos o orçamento limitado, de um time montado em cima da hora e que perdeu sua principal liderança técnica e referência dos últimos 20 anos, (Camargão), o ano não foi, digamos perdido, ou para se esquecer.

Foi um ano de aprendizado.

O bom trabalho da nova diretoria do BFB precisa e vai continuar.

Assim como o trabalho da jovem Bruna Rodrigues, que assumiu o desafio gigante, e estreou como treinadora da equipe adulta na temporada.

A diretoria já decidiu e irá mantê-la no comando técnico. Ela segue à frente do trabalho e, agora, passa a concentrar sua atenção e energia para comandar o BFB no Estadual e no Sul Brasileiro, ainda sem datas definidas para o segundo semestre.

Além dos Jasc, são competições que irão ajudar a Bruninha a preparar uma nova equipe para a próxima Liga Nacional.

Não tenho a menor dúvida de que a direção acerta ao manter Bruna Rodrigues, mas o desafio é garantir a jovem treinadora um elenco mais competitivo para a próxima Liga Nacional.

Estou convencido também de que é preciso uma mobilização maior na busca por mais apoiadores e investidores para a modalidade.

E estou certo de que para ter público no Galegão é preciso de um produto que atraia e encante, além de uma boa divulgação.

Fibra, garra e determinação, a diretoria do BFB tem.

O que falta, então?

Mais apoio! De todos.

E registro aqui, o respeitável é admirável trabalho de pessoas que merecem o apoio de Blumenau.

Gente que faz acontecer, de forma heróica, voluntária e por amor ao basquete. Faço questão de escrever o nome de cada integrante da diretoria do BFB. Faço isso em reconhecimento ao empenho e dedicação de todos os abnegados. Em quadra o time ficou em quinto lugar, mas, podem ter certeza, o trabalho de superação de vocês pelo basquete feminino é digno do lugar mais alto do pódio:

Pericles Espíndola- Presidente
Vitor Bett – Vice presidente
Luciano Carlos- Diretor de Comunicação
Ivo Rodrigues- Diretor de Eventos
Oswin Nitsche Junior – segundo de eventos
Sandra Nitsche- Financeiro
Carla Coll – Vice Tesoureira
Márcio Darolt- Secretário
Cheila Espíndola- secretária
E Daiane Bett- Fidcal.

Elenco deve ser reformulado

Com um orçamento bem menor para disputa do estadual, a diretoria deve enxugar a folha salarial e promover mudanças na equipe.

A lista de quem sai e quem fica, porém, ainda não foi definida. Mas é fato que cortes serão inevitáveis por conta da necessidade de ajuste a realidade financeira da equipe.