Blumenauense assume como vice-presidente da Liga de Basquete Feminino
O empresário e gestor de uma cervejaria da família, Péricles Espíndola, é o novo vice-presidente da Liga de Basquete Feminino. Aos 53 anos, o blumenauense tem no currículo a experiência de comandar o BFB por mais de seis anos, entre 2016 e maio de 2023, período em que ocupou o cargo de presidente da Associação de Pais e Amigos do Basquete Feminino de Blumenau.
Por quatro anos, de 2018 a 2022, também integrou o Conselho Administrativo da LBF.
Apaixonado pelo esporte e confiante para o novo desafio, Péricles conversou conosco e respondeu a cinco perguntas sobre a missão que acaba de assumir de forma voluntário, por “amor a camisa”, sem remuneração.
Confira entrevista na íntegra
1- Hoje qual é o maior desafio do basquete feminino nacional?
R: O maior desafio do basquetebol feminino é garantir reconhecimento e recolocá-lo no lugar de onde nunca deveria ter saído, como era na época de Paula, Hortência, Janete, Ellen Luz, enfim. Precisamos fazer o basquete feminino evoluir para voltar a disputar Olimpíada e Mundial, e crescer com mais equipes e com qualidade.
2- E como você pode contribuir, agora como vice-presidente da entidade, para fortalecer o esporte, federações e equipes em todo país?
R: Dando condições para que se pratique o esporte de alta performance, pois é essa a missão para qual a LBF foi constituída. Eu entendo que precisamos ter mais equipes, 10 ou 12 na primeira divisão, com qualidade e para isso precisamos ter mais atletas de qualidade e mais praças, não centralizado como é São Paulo hoje. Quando a gente começou na LBF só tinha de fora de São nós, Recife e São Luís. Hoje Recife não está mais. e tem que ter mais pro Sul. precisaria ter mais uma equipe no Rio Grande, no Paraná, importante, né? Massificar cada vez mais é preciso.
3- Hoje você bem sabe a desigualdade técnica e discrepância financeira que existem na Liga Nacional. A uma diferença absurda de orçamento, que colocam SESI e Sampaio como favoritos absolutos para disputa do título enquanto que a maioria das demais equipes pena para pagar as contas e enfrenta inúmeras dificuldades para sobreviver. Como mudar o atual cenário?
R: A diferença de orçamento das equipes da LBF existe em qualquer categoria. É muito difícil você ter algum controle. Isso não é uma exclusividade do basquete feminino só você olhar pro vôlei masculino e vôlei feminino, que existem bastante equipes e patamares diferentes de orçamento perante outras.
A gente precisa fazer as equipes entenderem que é vital buscar mais recursos, né? Não que elas não o façam, mas que elas consigam ter êxito, né? Isso é um jogo de xadrez. Agora eu não tô mais à frente de Blumenau, mas eu sei o quanto que a gente faz pra montar uma equipe pra poder ir pra Liga.
4 – SC e o BFB, em especial, terão um olhar especial da Liga a partir de agora? Que compromissos o novo vice-presidente da Liga Nacional assume com o basquete de blumenauense e do estado?
R: A LBF sempre teve um olhar pra todos os seus associados, né? E eu enquanto conselheiro sempre defendi igualdade pra todos. As equipes de São Paulo, por exemplo, tem algumas vantagens porque viajam menos, mas isso é a geografia que determina né? Então eu sempre briguei e vou continuar brigando por tratamento igualitário para todas as equipes, né? Não é porque eu sou de Blumenau, Santa Catarina que eu vou querer que seja melhor para cá. Tem que ser igual.
A gente tem que estar igual condição, seja Blumenau, seja uma equipe do Rio Grande do Sul, seja lá do do Sampaio, São Luís do Maranhão seja da onde for, né? A gente tem que ter o equilíbrio e oferecer políticas igualitária para todo mundo. Eu acho que esse é a função uma liga e tem que ser assim no meu entendimento.
5 – A seleção brasileira adulta ficou fora da última edição dos Jogos Olímpicos e do Mundial. Onde estamos errando e o que o precisa ser feito?
R: Ter ficado fora da Olimpíada foi um grande desastre pra gente do basquete feminino.
É uma pena, né? Mas quem sou eu aqui? Eu não teria pretensão de dizer onde está errado, onde está certo, né? O que eu vejo é uma nova administração da CDB muito boa, muito eficiente, mas séria. Seria pretensão demais eu falar o que está errado e o está certo.
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