Estado de Greve: servidores da Furb voltam a cobrar reajuste salarial

Paralisações podem acontecer ainda no mês de março

Os servidores da Universidade Regional de Blumenau (Furb) anunciaram estado de greve durante Assembleia Geral realizada na tarde desta quarta-feira, 15. A informação foi confirmada pelo Sindicato dos Servidores Públicos do Ensino Superior de Blumenau (Sinsepes).

Assim como aconteceu em 2022, os profissionais pedem por reajuste salarial. As negociações ainda estão abertas, mas devido à insatisfação dos servidores, a assembleia deflagrou o estado de greve.

Dependendo do resultado da sessão do Conselho Universitário, que acontecerá no dia 23, não está descartada a possibilidade de paralisação das atividades na universidade ainda no mês de março.

Negociação salarial

Os servidores estão em negociação salarial com a reitoria da Furb. Morilo José Rigon Junior, presidente do sindicato, destaca que a categoria permaneceu sem reajuste salarial por 3 anos consecutivos, de 2019 a 2021. O reajuste aconteceu somente em 2022.

No entanto, apesar do reajuste no ano passado, os servidores relatam acumular 22,80% de perdas salariais históricas, segundo eles, geradas especialmente nos últimos quatro anos de gestão da reitora Márcia Cristina Sardá Espíndola.

Nos últimos quatro anos da atual gestão, as mensalidades dos estudantes foram reajustadas em aproximadamente 31%, enquanto os servidores receberam apenas 10,24%. Para este ano, as mensalidades sofreram reajuste de 8,2%, porém não houve proposta de reajuste dos vencimentos dos trabalhadores.

Para este ano, a Administração Superior da Furb pede o adiamento da data-base da categoria de março para junho em 2023, sem formalizar qualquer proposta de reajuste salarial e recomposição das perdas.

Quanto ao reajuste do vale-alimentação, a resposta recebida pelos servidores foi de que, em 2023, diante da falta de recursos financeiros, não existe a possibilidade de reajustar este valor.

Posicionamento da reitoria

A reitoria da Furb alega não dispor de recursos para a negociação no momento, nem mesmo para reajuste com base apenas no INPC ou do índice já previsto e aprovado no Orçamento Anual da Universidade.

A solicitação de alteração da data-base para junho de 2023 se justifica, pois no final deste primeiro semestre a reitoria poderá ter uma visão mais clara do comportamento das despesas e principalmente das receitas da universidade, em que a Furb aguarda parecer positivo acerca do programa de bolsas do governo estadual, o qual deverá influenciar no crescimento do número de estudantes na instituição.


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