“Estamos tentando reativar a paixão do torcedor”; o que pensa o novo presidente do Metropolitano

Clube teve um aumento de quase 150 sócios-torcedores em fevereiro

O Clube Atlético Metropolitano tem um novo presidente: Ronei Schultze. Com experiência na gestão de clubes como Joinville e Cuiabá, ele retorna ao clube de Blumenau com o objetivo claro de levar a equipe novamente à elite estadual e organizar as finanças.

Schultze aceitou o desafio de assumir a presidência do clube, especialmente por ter recebido carta-branca para implementar o modelo de Sociedade Anônima do Futebol (SAF). O objetivo da mudança é reerguer o time tanto no aspecto financeiro quanto esportivo, garantindo maior profissionalização e novas possibilidades de investimento. No entanto, ele destaca que a oficialização da SAF ainda está em processo.

“Tocou-se no assunto, mas não foi definido nada ainda. Agora a gente vai fazer uma assembleia no dia 20 (quinta-feira) para definir isso”, afirmou o presidente.

O plano prevê a venda gradual de ações do clube. Segundo Schultze, os papéis serão comercializados no varejo, permitindo que diferentes investidores adquiram participações. Caso um investidor maior tenha interesse em assumir 90% das ações, ele poderá comprar as cotas restantes e deverá apresentar uma oferta aos acionistas que já tenham adquirido participações.

Sócio-torcedor do Metropolitano

Desde que Ronei Schultze assumiu a presidência do Metrô, houve uma reformulação no programa de sócio-torcedor. Segundo ele, o clube tinha 27 sócios e, atualmente, conta com mais de 160. No último fim de semana, um mutirão da Raça Jovem Metropolitano foi realizado no Centro de Treinamento Romeu Georg, sede do clube. Com isso, cerca de 50 torcedores se tornaram sócios. Desses mais de 160, sete são empresas que se tornaram sócias empresariais.

Confira os planos de sócio-torcedor do Metropolitano

O engajamento também cresceu nas redes sociais. “Em dezembro de 2022, no Instagram, tivemos 22 mil visualizações no mês. Nos primeiros 10 dias de fevereiro deste ano, atingimos 166 mil”, destacou o presidente. “Estamos tentando reativar a paixão do torcedor. O desafio é grande, mas acreditamos no potencial do clube e de sua torcida”, concluiu.

Situação financeira do Metropolitano

A principal dificuldade enfrentada pelo clube é a situação financeira. “O maior problema hoje é a dívida trabalhista, que resulta em constantes penhoras”, afirmou. Ele acredita que a transformação em SAF permitirá uma gestão mais eficiente das finanças. “A SAF terá autonomia, enquanto a dívida permanecerá atrelada ao clube associativo, minimizando os impactos no futebol”.

Atualmente, o passivo do clube supera os R$ 5 milhões, mas o presidente vê margem para renegociação. “Não é uma dívida absurda para um clube de 22 anos, que já esteve na Série D do Brasileiro e na Série A do Catarinense”.

Metropolitano/Divulgação

Sesi e torneios em 2025

Além da Série B do Campeonato Catarinense, o Metropolitano pretende disputar a Copa Santa Catarina. Hoje, a grande questão do clube é a utilização do Sesi, pois o estádio precisa de algumas reformas. Em vistoria, a Federação Catarinense de Futebol (FCF) determinou a ampliação do comprimento do campo do estádio para as dimensões oficiais estabelecidas pelo Manual de Infraestrutura de Estádios, documento oficial que rege as métricas no estado.

Atualmente, o campo do Sesi tem 100 metros de comprimento e 68 metros de largura. As dimensões padrão são 105 m × 68 m, portanto, o Metrô e o Blumenau Esporte Clube precisam alongar o campo em cinco metros. Outra reforma que precisa ser realizada é nos vestiários, além de uma recuperação da parte elétrica, sem danos à infraestrutura.

A relação entre o Metropolitano e o BEC na gestão do Sesi tem sido positiva. Apesar da rivalidade dentro de campo, Ronei destaca que, fora dele, a cooperação é essencial para o crescimento do futebol local. “Então, não existe essa rivalidade quando a gente fala em gestão. A gente tem que trabalhar junto porque todos ganham, né? Claro que, dentro de campo, a história é outra. Não vai ter amigo, não tem tapinha no ombro. Eu sempre falo para o presidente do BEC: o negócio é o seguinte, podemos nos abraçar, mas, na hora que pisarmos no gramado, cada um vai para o seu lado. Depois, tá tudo resolvido.”

Ruan Oliveira e montagem de elenco

Hoje, segundo o presidente, o Metrô tem quatro jogadores com contrato com o clube, sendo um deles o meia Ruan Oliveira, de 24 anos, que passou cinco anos emprestado ao Corinthians e, agora, está no Cuiabá, também por empréstimo.

O clube paulista poderia ter pago uma opção de compra de R$ 500 mil para contar com o jogador, porém, as lesões de Ruan fizeram com que o clube não o contratasse de forma definitiva. Ao fim de 2025, no término do empréstimo, o Cuiabá também pode exercer essa opção de compra, caso queira contar com o meia.

Ruan Oliveira Metropolitano
Cuiabá EC/Divulgação

Perguntado sobre a montagem do elenco para a Série B do estadual e a Copa SC, Ronei Schultze afirmou que o clube está estudando todas as opções, desde a possibilidade de fazer uma parceria, como ocorreu com a LA Sports em 2023 e 2024, até a gestão total do futebol. “O que vai definir isso é o quanto teremos de orçamento em 30 de abril.”

A segunda divisão do Campeonato Catarinense está marcada para acontecer entre 1º de junho e 31 de agosto, enquanto a Copa Santa Catarina ocorrerá entre setembro e novembro.

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